ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, QUINTA  18    CAMPO GRANDE 16º

Em Pauta

Feiras, fenômenos que relatam a história econômica dos municípios

Mário Sérgio Lorenzetto | 07/11/2013 07:11
Feiras, fenômenos que relatam a história econômica dos municípios

As feiras contam a história econômica das cidades

Um dos fatos de maior relevo na organização econômica das cidades foi o papel que as feiras desempenharam. Abundam em todos os países em séculos diferentes. Têm, ainda que em diferentes lugares, os mesmos caracteres, de modo que podem ser consideradas como um fenômeno internacional. A época de seu apogeu na Europa foi a do comércio errante no período medieval. À medida que os mercadores se tornam sedentários, as aludidas feiras vão decaindo.

Ainda não conseguiram encontrar a origem das feiras – no período romano eram denominadas “nundinae”. Com certeza as feiras não se originam dos pequenos mercados existentes nas cidades. O objetivo dos mercados locais consiste em prover a alimentação do dia-a-dia da população onde estão instalados e, por isso, os mercados são semanais e sua atividade limita-se à compra e venda a varejo. As feiras são, ao contrário, lugares de reuniões periódicas dos vendedores profissionais que agem como nômades.

Feiras, fenômenos que relatam a história econômica dos municípios

Agregadoras, as feiras são peculiares

As feiras não excluíam nada e nem ninguém. Qualquer indivíduo, seja qual for sua pátria, qualquer objeto negociável, era bem recebido. Elas eram realizadas apenas uma vez ao ano em cada cidade. Com raras exceções apareciam feiras duas vezes ao ano em uma mesma localidade.

As feiras obtiveram direitos impossíveis de serem repetidos em qualquer outro lugar. O terreno onde se realizavam é protegido por uma paz especial. Todas as pessoas que a ela comparecem estão protegidas por um salvo conduto. Uma feira, a de Cambrai, na França, teve uma permissão especial para liberar os jogos de dados e cartas. Os feirantes estavam isentos de pagar qualquer dívida durante o período da feira, em torno de seis semanas. Mais valiosa e difícil de imaginar é a suspensão da proibição feita pelo Vaticano da usura, isto é, dos empréstimos com juros – somente os judeus estavam livres da lei da usura por não serem irmãos dos cristãos, mas nas feiras todos estavam liberados para emprestar e tomar empréstimos, apenas normatizado com uma taxa máxima. É com essa amplitude de negócios que as feiras vieram para o Brasil.

Feiras, fenômenos que relatam a história econômica dos municípios

A trajetória das feiras na Capital Morena que já foi só uma ‘vilinha’ de Nioque

Em Campo Grande a mais importante feira era a localizada na Cabeça do Boi. O nome não é um acaso, deve-se ao intenso comércio de bois que para esse lugar se deslocavam de todas as comunidades existentes há 200 km ou 300 km de – não se pode esquecer que por muito tempo Campo Grande era somente uma pequena vila que pertencia a Nioaque. Essa feira tinha o caráter de local de negócios do gado com o acoplamento de poucos feirantes do varejo de alimentos.

A primeira feira com caráter aberto, qualquer um pode vender qualquer produto, foi instalada na Avenida Afonso Pena, em 4 de maio de 1925. Ela funcionava apenas aos sábados. Após existir por poucos anos na Afonso Pena, a feira passou pela Calógeras e pela rua Antonio Maria Coelho ao lado da Escola Imaculada Conceição. Somente em 1966 ela foi transferida para a rua Abrão Júlio Rahe, onde passou a ocupar um papel não apenas de negócios, mas também cultural. Em 16 de dezembro de 2004, o Prefeito André Puccinelli transferiu a feira para um espaço mais amplo, a Esplanada Ferroviária.

Feiras, fenômenos que relatam a história econômica dos municípios
Feiras, fenômenos que relatam a história econômica dos municípios

O sonho dos funcionários existe – uma empresa sem chefes

Tiroteio, pancadaria, violência extremada. Não, não é o ambiente de uma empresa. É apenas um jogo, um videogame. O CounterStrike é um dos games mais vendidos no mundo. Com mais de 25 milhões de unidades vendidas desde que foi lançado em 2000, foi muito criticado pelos pais que dizem ser um estimulador de porte de armas e incitar a violência.

A empresa que o criou é a Valve Corporation, localizada em Bellevue, no Estado de Washington (EUA). Quanto à gestão, essa empresa, é um marco no século XXI, um dos modelos mais inovadores no mundo: eliminou todos os chefes. E não fez isso na base do CounterStrike, na base da bala ou na pancada. A Valve adotou um modelo de autonomia total no qual todos os empregados são igualmente responsáveis pelo resultado.

Feiras, fenômenos que relatam a história econômica dos municípios

Criatividade e vontade de fazer diferente afastam a hierarquia

A Valve entende que a figura de gestores serve para assegurar que as tarefas sejam executadas da maneira que a empresa definiu. Só que os fundadores da Valve abominam processos. Em um negócio onde a criatividade é fundamental, baseado em design, roteiro de cinema e tecnologia, fazer diferente vale mais que fazer igual.

Todos os funcionários podem aprovar orçamentos e escolher o projeto que trabalhará. A única proibição é ter preguiça, ser um encostado. Quem não se entrega está fora. Em um ambiente de autonomia quem não faz nada é expulso pelo grupo. Os colegas tendem a ser mais implacáveis que os chefes porque o resultado do time depende de cada um. A grande preocupação dos fundadores da Valve está na contratação. O currículo tem de ser excelente.

O modelo da Valve mira o principal alvo das aspirações profissionais no século XXI: a autonomia. A liberdade de escolher o que e como fazer é vista, atualmente, como uma das mais importantes fontes de realização profissional.

Nos últimos anos, pesquisas nas áreas de psicologia e da administração de empresas identificaram que uma pessoa pode obter resultados melhores quando assume a responsabilidade por suas escolhas profissionais.

Feiras, fenômenos que relatam a história econômica dos municípios

As teorias do Y, da autodeterminação e das Âncoras de Carreira são exemplos de estudos sobre o assunto

A autonomia em conjunto com bons propósitos e a excelência são os combustíveis pessoais mais valorizados e importantes. O profissional trabalha motivado quando sente que está no comando, que é competente e que sabe por que está realizando aquele trabalho.

No dia a dia, essa aspiração emerge de maneiras muito diferentes. Pode ser a vontade de imprimir seu estilo na gestão da empresa ou do órgão público ou a agonia por livrar-se da supervisão de chefes.

Todo profissional deseja autonomia e tem algum medo dela também. A responsabilidade acompanha a liberdade, e nem todo mundo está disposto a assumir desafios maiores. A liberdade não é nada senão a oportunidade de ser melhor. Esse é o conceito expresso pelo argelino Albert Camus.

Feiras, fenômenos que relatam a história econômica dos municípios

Na hora de procurar um novo emprego

Para quem estiver procurando um novo emprego, não há dúvida que as habilidades técnicas e experiências profissionais serão itens definidores para a obtenção do emprego. Todo mundo sabe disso.

O que ninguém diz e as empresas não admitem publicamente é que existem outros fatores que podem definir o sucesso de um candidato:

Feiras, fenômenos que relatam a história econômica dos municípios

Você sabia que um recrutador on-line demora 30 segundos para analisar um currículo?

Algumas chaves para prender a atenção do recrutador digital e aumentar as chances de receber propostas de empregos:

Feiras, fenômenos que relatam a história econômica dos municípios
Feiras, fenômenos que relatam a história econômica dos municípios
Feiras, fenômenos que relatam a história econômica dos municípios

O caixa da Previdência está mais cheio, mas será suficiente para garantir sua aposentadoria?

Há um fantasma que assombra o futuro do trabalhador brasileiro, na iniciativa privada e nos órgãos públicos, Esse fantasma não usa lençol branco e nem anda vagando pelos corredores à meia-noite. Tem nome e endereço – é o déficit da Previdência Social, que em 2012 chegou a R$ 40,8 bilhões, excluindo o funcionalismo público.

Nos países verdadeiramente ricos, aqueles em que a riqueza não são apenas uma ilusão de marketing, a aposentadoria é o principal tema no cotidiano da sociedade. Acompanhem diariamente a evolução dos problemas, até agora com mínimas soluções, como no Brasil acompanhamos os resultados do futebol. Nesses países, o tema aposentadoria ocupa pelo menos a metade do horário de propaganda dos partidos políticos no período eleitoral ou fora dele. É questão tratada com seriedade.

Um dia, a bomba o INSS estoura, não se sabe quando, mas estoura...

Em nosso país, todos sabem e ninguém se preocupa. Mais um tema a ser escondido embaixo do tapete, até que estoure. Aliás, a única dúvida que os especialistas no assunto têm é a data do estouro. Nos mandatos petistas, Lula e Dilma, ressurge uma esperança – o aumento expressivo do número de pessoas que passaram a contribuir com o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). Em 2003, a quantidade de contribuintes era de 28,8 milhões, sete anos depois, saltou para 47,5 milhões, alta de 65%.

Isso fez a arrecadação da Previdência crescer acima do aumento da despesa. A receita aumentou 1,4% e a despesa 0,8%. Temos um novo cenário do mercado de trabalho. Segundo o IBGE, de 2003 a 2012, o número de assalariados com carteira assinada subiu de 39,7% para 49,2% do total dos trabalhadores ocupados.

Feiras, fenômenos que relatam a história econômica dos municípios

Indicadores positivos também pressionam a Previdência

Isso só foi possível graças ao forte aumento da oferta de vagas, que derrubou a taxa de desemprego, de 12,4% em 2003, para históricos 5,5%, neste ano. Além da formalização, o aumento do salário mínimo nos últimos dez anos, de incríveis 182%, ajudou a elevar o valor das contribuições ao INSS.

O governo federal pretende dar mais um passo para, pelo menos, atrasar o dia do estouro do INSS. Em janeiro de 2014, deverá entrar em vigor o Sped Social, módulo do Sistema Público de Escrituração Digital usado para a transmissão informatizada de dados sobre folhas de pagamentos e contribuições previdenciárias. Esse sistema permitirá ao governo federal cruzar mensalmente as informações contábeis das empresas com as contribuições previdenciárias de seus empregados. Assim, o governo tentará evitar, que as empresas declarem pagar um salário menor que o real a seus empregados para recolher o INSS inferior.

A eficiência da administração petista nesse setor dá novo fôlego ao sistema previdenciário. Todavia, com a população envelhecendo aceleradamente e as mulheres tendo menos filhos a equação da Previdência brasileira é um barril de pólvora.

Feiras, fenômenos que relatam a história econômica dos municípios
Feiras, fenômenos que relatam a história econômica dos municípios
Nos siga no Google Notícias