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Em Pauta

Negação e voto útil

Mário Sérgio Lorenzetto | 11/10/2016 09:47
Negação e voto útil

O menor índice de abstenções entre as capitais foi registrado em Manaus: 8,59%. Já o maior índice dos deixaram de votar, foi registrado no Rio de Janeiro: 24,28%. Praticamente um em cada quatro eleitores não foi votar na capital carioca. Campo Grande seguiu a tendência nacional: 19.20% dos eleitores não compareceram nas sessões eleitorais.

Uma candidata a prefeito chamou a atenção. Rosana Santos, do PSOL, apareceu em todo o noticiário com zero voto. Todos acreditaram que nem ela teclou seu número na urna. A explicação é que Rosana teve em verdade, 2.351 votos que foram invalidados pela justiça eleitoral.

A alta rejeição está balizada em dois fenômenos: a onda de manifestações de 2013 e o impacto das investigações da polícia. Estamos vivendo uma profunda crise do sistema de representação. A democracia nas urnas tornou-se manca e frágil. Impedirá que os novos governantes tenham a força necessária para a almejada reconstrução administrativa.

Vença quem for, chegará ao comando da prefeitura sob festejos e incredulidade. O sistema político partidário está contaminado e sob suspeita. Esqueceram a utilidade do voto.

Negação e voto útil

O discurso da antipolítica esta vencendo.

Os grandes campeões deste primeiro turno de eleições foram os votos inválidos ou ausências. Somadas, as abstenções, nulos e brancos superaram o primeiro colocado em dez capitais: Campo Grande, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba, Cuiabá, Aracajú, Belém e Porto Velho. E foi pior ainda. A soma de votos nulos, brancos e abstenções superou o primeiro ou segundo colocado na disputa para prefeito em 22 capitais. O resultado das urnas foi uma demonstração eloquente do discurso da antipolítica.

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