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Em Pauta

O melhor negócio do capitalismo contemporâneo é o tráfico de drogas

Mário Sérgio Lorenzetto | 20/11/2014 07:58
O melhor negócio do capitalismo contemporâneo é o tráfico de drogas

O lucrativo tráfico de entorpecentes

Ao fim de um século de ilegalidade e quase cinco décadas de "guerra às drogas", declarada pelos Estados Unidos e secundada pelos outros países, o consumo dessas substâncias continua inabalado. Em vez de se intimidar, o mercado ilegal cresce, com imensa lucratividade. Recente estimativa feita pelo jornalista italiano, especializado no assunto, Roberto Saviano, destaca que o melhor negócio do capitalismo contemporâneo é o tráfico de drogas, que renderia, por ano, 100 vezes mais que as ações da Apple, gigante da tecnologia. São bilhões de dólares movimentando tanto a economia ilegal quanto a legal - incluindo as indústrias de armas e de segurança, a de compostos químicos e setores que se envolvem na lavagem do dinheiro, como o sistema bancário e o imobiliário.

Em outro extremo, o combate a grupos narcotraficantes aciona potentes táticas de controle das populações, justificando a repressão seletiva contra jovens, negros, indígenas, trabalhadores rurais, favelados e imigrantes. A estigmatizarão como "traficante" tem autorizado que se mate, torture e persiga. A "guerra às drogas" não inventou o racismo e a xenofobia, mas é um meio para exercitá-lo com afinco e energia.

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O fracasso da "guerra às drogas"

O fracasso da "guerra às drogas" é incontestável. Não há uma só voz que diga o contrário. Essa derrota tem instigado muitas propostas alternativas. Os estudos médicos indicam as potencialidades de substâncias contidas na maconha, como o canabidiol. A descriminalização do uso de todas as drogas ilícitas na Holanda (que retrocedeu) e depois em Portugal, em 2002, torna-se caso amplamente estudado. Nos Estados Unidos, a legalização do uso da maconha acaba de avançar em três novos Estados (já era legal em outros dois), mas estranhamente o plebiscito impediu o uso na Califórnia, que era tido como a meca da maconha nesse país. O debate chegou com força na América do Sul, o Uruguai partiu na frente e está regulamentando o uso da maconha.

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Imensos interesses movem montanhas de dinheiro

O abrandamento da legislação brasileira no caso da maconha é dado como questão certa no Congresso Nacional, mas todos esses casos não abalam a lógica da "war on drugs". Há interesses econômicos imensos por trás dessa guerra. Para 2015, o presidente Obama requereu US$ 25 milhões para políticas relacionadas a drogas - sendo 43% para prevenção uso e tratamento e 57% para repressão doméstica e internacional. A "guerra às drogas" continua associada à ilegalidade que inaugurou, há 100 anos, o potente negócio que a repressão visa acabar. É um jogo circular e violento que tem finalidades políticas, econômicas e geopolíticas, mas não se preocupa com as pessoas, com os indivíduos que poderiam não usar ou estão viciados. Prevenção e cura só são lembradas em raras campanhas eleitoreiras. Mas rende fortunas para os grandes traficantes e para os que vendem os apetrechos para combatê-los. É o maior negócio da terra. E o mais hipócrita.

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Pé no freio do algodão: plantio deve cair 12%

Os produtores da pluma no Brasil estudam colocar pé no freio no cultivo de 2014/2015, que começa agora. Estimam redução de 15% a 4%. Isso significa plantio de uma área próxima de 948 mil a 1 milhão de hectares ante um 1,1 milhão de hectares cultivados em 2013/2014.

O cenário é desanimador. Os preços de mercado já estão abaixo do preço mínimo definido pelo governo federal. No mercado o preço está em R$ 51,00 a arroba e o governo compra por R$ 54,90.

O consumo interno deve cair. O uso de algodão pela indústria têxtil no Brasil deve ficar entre 750 mil e 800 mil toneladas, contra 850 mil no ano passado. O que ocorre é que a importação de produtos têxteis continua a crescer e por outro lado o consumo realizado pelos brasileiros recuou um pouco (- 0,7%) no primeiro semestre deste ano.

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Florestas plantadas dobrarão até 2020

Recentemente, o setor de florestas plantadas foi transferido do Ministério do Meio Ambiente para o Ministério da Agricultura. Entre as medidas de estímulo, que estão sendo estudadas pelo Mapa, destacam-se investimentos em pesquisa, assistência técnica e extensão

rural, além de crédito exclusivo destinado ao plantio de florestas e ações de fomento, o que deve promover uma aceleração no desenvolvimento do setor, que, ocupando menos de 1% da área do país, é capaz de suprir quase 90% do total da oferta de madeira em tora industrial, 81% do carvão vegetal e 62% da lenha produzida no país, segundo dados do IBGE. As florestas plantadas reduzem a pressão sobre as florestas nativas e geram ganhos para o pecuarista.

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Hyperloop: como um bilionário quer revolucionar os transportes.

Ele é o responsável pela SpaceX - uma empresa especializada em veículos espaciais e pela Tesla Motors, que já está produzindo carros elétricos nos Estados Unidos. Seu nome é Elon Musk. Além disso, é o fundador do sistema PayPal, para pagamentos via internet, que lhe rende milhões de dólares todos os meses. Os norte-americanos o chamam de "Tony Stark da vida real" (o Homem de Ferro). Não dá para duvidar da possibilidade de sucesso de seus projetos. E ele está finalizando um dos mais futuristas projetos que já apareceram.

Ele entende que os transportes - terrestres, aéreos e náuticos - estão em colapso no mundo todo. E propôs uma saída: o Hyperloop.

A ideia é viajar mais de 500 quilômetros a uma velocidade de 1.200 km/h através de túneis que seriam percorridos por cápsulas. Canhões de indução elétrica dariam o impulso inicial a essas cápsulas, que continuariam o percurso através de trilhos eletrificados e dotados de energia magnética. Todos esses conceitos já estão sendo utilizados. O problema, até o momento, é o mal estar a que os passageiros são submetidos. Ficam enjoados e com ânsia de vômito. O custo orçado para o primeiro trecho do Hyperloop entre São Francisco e Los Angeles é de US$ 7 bilhões e uma passagem seria muito barata, algo como US$ 20. Será que Musk, o Homem de Ferro, repetirá suas façanhas.

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Últimas descobertas dos benefícios das corridas

O esporte popular que soma mais aficionados na atualidade só requer duas pernas em bom funcionamento e uma meta. Novas descobertas impulsionam ainda mais os benefícios que aporta a corrida, uma prática também conhecida como running.

O tecido mais afetado pelas corridas é o gorduroso, mas não se trata de emagrecer e sim de perder a gordura visceral, aquela que envolve o fígado, rins e demais órgãos existentes no tronco do ser humano. Essa é uma das mais prejudiciais gorduras, quando em excesso, para a saúde. A segunda descoberta provém de uma lenda urbana - "correr abre o apetite". Os estudos

científicos estão revelando que praticar esse exercício aumenta nossa sensibilidade à leptina (palavra que vem do grego leptos - "delgado"). É um hormônio liberado pelas células gordurosas portador de uma mensagem direta e clara para nosso cérebro: "chegou o momento de deixar de comer". De fato, quando por nossas veias circula a leptina em abundância, diminui sensivelmente o prazer que sentimos com cada garfada.

Queimar o asfalto tem um curioso efeito nos neurônios: aumenta o número de mitocôndrias, os orgânulos que produzem energia nas células. Isto implica que praticar esportes reduz o cansaço mental. Mas, a melhor corrida não é para a frente e sim para trás. Correndo para trás queimamos o dobro de calorias e melhoramos nosso equilíbrio. As pesquisas comprovaram que, quando corremos de costas, golpeamos o solo com mais suavidade e gastamos 30% a mais de energia que na corrida comum.

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