ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, QUARTA  17    CAMPO GRANDE 21º

Em Pauta

O Ranking de Gestão dos Estados coloca o MS em boa posição para investimentos

Mário Sérgio Lorenzetto | 19/02/2015 17:16
O Ranking de Gestão dos Estados coloca o MS em boa posição para investimentos

O Ranking de Gestão dos Estados coloca o Mato Grosso do Sul em boa posição para atrair investimentos

Desde 2011, a Unidade de Inteligência da Economist (mais importante revista do mundo para a economia) em conjunto com o Centro de Liderança Pública (CLP), criou o ranking que visa orientar investidores. O estudo leva em conta 26 indicadores, que vão desde a infraestrutura até os níveis de criminalidade, passando por fatores como burocracia, corrupção e disponibilidade de mão-de-obra qualificada. Em sua terceira edição, o Ranking Geral dos Estados, mostra que apenas os Estados do Sul - Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul - além do Mato Grosso do Sul tiveram boas variações no ambiente econômico no ano passado. Os dados que sofreram melhorias consideráveis de um ano para o outro (de 2013 para 2014) foram os níveis de investimento do governo estadual, a melhoria da renda per capita e a melhora do mercado.

O Mato Grosso do Sul ocupava no ano de 2013 a posição de número 11 e passou para a oitava posição. À frente do MS permaneceram apenas São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Minas Gerais e Distrito Federal. Um dado que sempre nos impede de ocupar melhores posições é o do tamanho do mercado - a nossa população, com apenas 2.619.657, é considerada muito pequena. É um ranking que pode, e deve, ser bem trabalhado por nossas autoridades visando atrair indústrias nacionais e estrangeiras.

O Ranking de Gestão dos Estados coloca o MS em boa posição para investimentos
O Ranking de Gestão dos Estados coloca o MS em boa posição para investimentos

O "galego dos olhos azuis" não sabe se apoia ou não o impeachment de Dilma

Tasso Jereissati, o "galego dos olhos azuis", como é conhecido no Ceará, é um dos raros políticos que viu sua fortuna crescer nos quatro anos que ficou fora do mundo político. Ele foi o candidato mais rico nas últimas eleições. Seu patrimônio declarado foi de R$389 milhões. Os quatro anos de afastamento da política, depois da derrota em 2010 na disputa pela reeleição ao Senado, fizeram bem às suas finanças. O crescimento patrimonial de Tasso foi de 512%. Tinha apenas uma fábrica da Coca-Cola, um shopping center, empreendimentos imobiliários, uma emissora de TV em Fortaleza e quatro rádios. Fora da política, Tasso ampliou a rede de comunicação - tem duas emissoras de TV e oito rádios. Também ampliou o número de shoppings, criou a rede Bosque, construindo um em Campo Grande e outro em Belém, além de dobrar a área do situado em Fortaleza. Fez fusões com outras fábrica da Coca-Cola, construindo a Solar, a maior engarrafadora brasileira desse produto atendendo todo o Nordeste, o Mato Grosso do Sul, Goiás e Tocatins.

Quando era senador, foi um dos primeiros a denunciar da tribuna, em 2008, irregularidades na Petrobrás. Foi acusado de "traidor da pátria", de querer privatizar a estatal e por pouco não saiu aos tapas com o então presidente da Petrobrás, Sérgio Gabrielli.

Tasso acaba de suspender o projeto de construir mais um shopping em Salvador, por causa da situação econômica do país. Ele diz que não existe mais mercado para shoppings no ano de 2015. Os lojistas estão sem dinheiro para abrir novas lojas. Os juros aumentaram, o crédito ficou apertado tem mais inflação e falta de confiança no futuro. Tasso afirma que "todo mundo parou os investimentos por causa da matriz do gênio Mantega". Tasso fala do dilema da oposição diante de um eventual pedido de impeachment da presidenta Dilma, diz que está sem saber o que vai fazer. Mas não está sozinho. Ele e a quase totalidade dos (raros) bem conceituados políticos da oposição ou da situação estão "mais perdidos que cearense em briga de foice no escuro".

O Ranking de Gestão dos Estados coloca o MS em boa posição para investimentos
O Ranking de Gestão dos Estados coloca o MS em boa posição para investimentos

Da cadeia para o terrorismo ou para o tráfico

Finalmente começam a aparecer na imprensa francesa as primeiras informações sobre os autores do ataque ao jornal Charlie Hebdo. Os jovens falavam francês "sem sotaque", diziam "ter vingado o profeta" e gritavam "Alá é grande". Eles viviam em um bairro típico de imigrantes. Haviam perdido o pai, imigrante da Argélia, ainda na adolescência. Foram então encaminhados a um orfanato. Passaram a alternar uma vida de pequenos trabalhos com desemprego e conheceram outros adolescentes que, assim como eles, também eram de "origem estrangeira".

Um deles arriscou uma carreira como cantor de rap, sem sucesso. A situação mudaria em meados dos anos 2.000, quando começaram a frequentar uma mesquita conhecida pela pregação do islamismo extremista. Envolveram-se com um grupo jihadista, preparando-se para lutar ao lado da Al-Qaeda no Iraque. O plano não deu certo. Logo depois veio a prisão.

Atrás das grades, veio a radicalização ainda maior. A radicalização islâmica nas prisões é uma preocupação de vários países europeus. Fala-se em 500 indivíduos que se radicalizaram e se tornaram terroristas, mas o número na verdade deve ser bem maior. São presos vulneráveis que buscam um propósito em uma vida sem perspectiva alguma.

Apesar do final trágico, a trajetória dos irmãos que bombardearam o jornal apresenta semelhanças com a de muitos outros jovens que, mesmo nascidos na França, são estigmatizados como "franceses de origem estrangeira". Relegados às periferias pobres das grandes cidades, os filhos de imigrantes não europeus representam atualmente cerca de 11% da população francesa. A dificuldade de integração, a rejeição pela xenofobia e racismo, é evidente: a taxa de desemprego entre esses jovens é três vezes maior que a de jovens franceses filhos de pais não imigrantes. Essa juventude socialmente fragilizada e rejeitada entra em uma espiral de desesperança e frustração que leva, muitas vezes, à delinquência. Em alguns casos, a religião aparece como uma válvula de escape e são recrutados não só nas prisões, mas também pela internet. São delinquentes comuns antes de se tornarem terroristas. Na França a alternativa que encontraram foi a religião. No Brasil, a saída para muitos jovens nas mesmas condições dos franceses, são as organizações de criminosos como o PCC. É a "lei do pertencimento", passam a pertencer a alguma coisa no mundo que os rejeita.

O Ranking de Gestão dos Estados coloca o MS em boa posição para investimentos
O Ranking de Gestão dos Estados coloca o MS em boa posição para investimentos

O Ministro da Fazenda determinou fiscalização rígida nas contas dos Estados

As declarações iniciais do Governador Azambuja dos números herdados da gestão Puccinelli pertencem apenas o mundo da política. São pequenos embates de importância minúscula para seu governo bem como para o anterior. Ainda que exploradas pela imprensa, não apresentam relevância alguma.

Fazer contas, importantes e decisivas, para os próximos meses do governo estadual,ocorrerá nos próximos dias. A fiscalização do Tesouro Nacional, de todas as contas da administração passada, determinará os rumos a serem seguidos.

Cabe ao Tesouro Nacional fiscalizar, todos os anos, a totalidade das contas dos governos estaduais. Preocupado com os riscos de uma eventual frustração das metas de economia dos Estados, que impactará nas contas da União, o Ministro Joaquim Levy determinou ao Tesouro Nacional a busca de informações mais completas sobre o quadro das finanças estaduais. Ele se mostras preocupado com os resultados das renegociações das dívidas dos Estados e determinou rigidez na tomada das contas. Se essa fiscalização já era rígida, com as novas ordens ministeriais, será um "pente fino", muito fino.

É importante recordar que não existe no país poder maior que o da fiscalização do Tesouro Nacional. À partir do julgamento das contas da administração, os fiscais do Tesouro Nacional, podem multar e bloquear verbas sem possibilidade de recurso do governo de um estado. As multas podem ser pesadas ultrapassando com facilidade a casa de dezenas de milhões e o dinheiro é sacado da conta do governo estadual no Banco do Brasil sem na totalidade, sem parcelamento. Um imenso poder discricionário.

Os políticos sempre estiveram alheios a essa decisiva fiscalização. Também vale ressaltar que, somente o Tesouro Nacional é detentor de todos os números existentes no governo do estado. A Assembleia Legislativa, o Tribunal de Contas, Portal da Transparência ou qualquer auditoria não são detentores de uma décima parte da montanha de números de um governo estadual que o Tesouro Nacional detêm e analisa com lupas minuciosas. Os fiscais do Tesouro passam de três a quatro dias trancados em algumas salas da Secretaria de Fazenda "inquirindo" alguns secretários e assessores do governo sobre todas as despesas e receitas. Ao final, montam várias extensas planilhas, e decidem o futuro próximo da administração estadual. Apenas a título de exemplo, o governo do Estado do Paraná está "falido" e essa situação em muito é devida à fiscalização do Tesouro Nacional. Preocupem-se com o que é importante e decisivo.

O Ranking de Gestão dos Estados coloca o MS em boa posição para investimentos
Nos siga no Google Notícias