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Em Pauta

O sucesso da educação no Canadá

Mário Sérgio Lorenzetto | 12/06/2018 09:45
O sucesso da educação no Canadá

Nas Províncias (o correspondente de nossos Estados) mais ricas do Canadá, os professores são contratados de acordo com as necessidades de cada escola. Não há concursos. São os diretores que determinam quantos professores serão contratados para cada curso. Após a determinação de quantos professores serão contratados para o ano letivo, os candidatos devem submeter-se a uma banca de mestres mais renomados daquela Província. Em seguida, passarão por uma entrevista pessoal. Caso passem, serão contratados. Durante os trabalhos, estarão colegiados com outros professores e estarão sob o comando de outros professores que fazem parte do "school board", os comitês escolares. Os diretores supervisionam o trabalho do school board. Caso o professor contratado não se adapte, será demitido.
Durante os dois primeiros anos o diretor da escola revisará o trabalho de cada professor escolhido. Obrigatoriamente, passará pelo mesmo processo seletivo, a cada cinco anos. Aos 54 anos esse professor poderá aposentar. Seu salário de aposentado passará por um ganho elevado, será um dos maiores ganhos do serviço público dessa Província: algo próximo a R$13.500 mensais. São salários de aposentado próximos aos dos juízes - que estão no topo da pirâmide salarial do funcionalismo público.
O cenário descrito resume uma das diferenças com respeito ao Brasil: a forma como se seleciona o funcionário público. O Canadá está entre os melhores países do mundo no quesito educação. O Brasil está entre os piores.
Outra diferença fundamental diz respeito ao que ensinam. Quando o estudante chega aos 14 anos podem escolher as aulas que mais lhe interessem e criar seu próprio itinerário. Também podem escolher entre três níveis de dificuldades para cada uma das matérias: acadêmico (que lhes permite chegar à Universidade), "applied level" (que os conduz ao chamado "college", centros de educação superior com um enfoque mais prático que as universidades) ou o "locally developed" (pensado para uma rápida incorporação ao mercado de trabalho). A educação obrigatória vai até os 16 anos.
O sistema de ensino canadense não é academicista, o que o torna total e completamente diferente do brasileiro, pensado exclusivamente para o ingresso em alguma faculdade. Também não está baseado em memorizar conteúdos de livros, mas sim na aplicação prática. Essa diferença torna o ensino canadense, em algo como o vinho para uma água de má qualidade, quando comparado ao brasileiro. O foco do ensino está no pensamento crítico, a informação está na internet. Os alunos não são copistas das longas, cansativas e chatas aulas discursivas dos professores antiquados e ultrapassados. Além de todas essas diferenças, os professores terão de passa por psicólogos frequentemente. Eles medem os hábitos de trabalho dos professores, o autocontrole, a responsabilidade, a organização, a colaboração e a iniciativa própria. É claro que esses psicólogos não fazem parte do funcionalismo da escola, pertencem a empresas privadas.

O sucesso da educação no Canadá

Crianças: as múltiplas caras da exclusão.

Em comemoração ao Dia da Criança, a entidade "Save the Children", acaba de publicar o segundo Índice de Perigos para as Crianças, com um exame detalhado de todos os fatos que privam a infância plena e impedem as crianças de alcançar seu pleno potencial.
Em comparação com o ano passado, segundo os resultados do índice, a situação geral da infância no Brasil parece ser mais favorável. Mas ainda é preocupante. Ocupamos apenas a posição 93 entre 175 países analisados. Se trata de uma razoável notícia.
A taxa de mortalidade de menores de 5 anos - mortes por cada mil nascidos vivos - está em 15,1. Se compararmos com a Argentina, não é um bom resultado, mas nos últimos anos houve uma real melhoria. O pais vizinho têm taxa de 11,1. No atraso de crescimento de zero a 59 meses obtivemos índice 7. Este é um bom resultado e indica melhor alimentação. Mas ainda não conseguimos colocar todas as crianças nas escolas, restam 8% delas a ser escolarizadas. Também preocupa o percentual de crianças trabalhando, especialmente na zona rural: 6,6%. Um outro bom resultado é o número de adolescentes que casam, um índice de perigo e atraso. Temos tão somente 3,9%. Mas o pior e mais preocupante índice dentre todos é a taxa de homicídios de crianças e jovens (0 a 19 anos): 18,6%. É esse número que nos joga para o fim do mundo.

O sucesso da educação no Canadá

A primeira cadeirinha de bebê com airbag.

Embora a indústria automobilística tenha apresentado grandes progressos em matéria de segurança nos últimos anos, faltava ainda a criação de uma cadeira de transporte de bebês ou crianças com airbags integrados. Porém, a Maxi-Cosi (Bebê Comfort), empresa especializada na área de contenção e retenção infantil, revelou a primeira cadeirinha de bebê com airbgs, a AxissFix Air, que procura melhorar a segurança das crianças. Essas cadeiras, conforme a empresa, são 55% mais seguras que as tradicionais. No caso de colisão frontal, os airbags ativam-se imediatamente, insuflando com ar frio em milésimos de segundos, protegendo a cabeça e pescoço em apenas 0,08 segundos. Dispõe ainda de indicadores da correta instalação e cinto de cinco pontos. A sua base giratória de 360 graus facilita a acomodação das crianças.

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