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Em Pauta

Os 12 trabalhos de Nelson: futuro da economia depende de trabalho hercúleo

Mário Sérgio Lorenzetto | 31/10/2014 08:10
Os 12 trabalhos de Nelson: futuro da economia depende de trabalho hercúleo

Ex-secretário executivo do Ministério da Fazenda é aposta de Dilma para missão

As apostas para o ex-secretário executivo do Ministério da Fazenda Nelson Barbosa para assumir a principal pasta do governo federal aumentam a cada dia. Uma fonte abalizada garante que seu nome já vem sendo preparado desde o período eleitoral. Também não resta dúvida de que Barbosa é o nome predileto de Dilma.

Em setembro, ele apresentou, no Fórum de Economia da FGV, um trabalho intitulado "O desafio macroeconômico 2015-2018". Nelson Barbosa elencou suas propostas para os próximos anos. Na parte fiscal, Barbosa defende um superávit de 2% a 2,5% do PIB, a ser alcançado gradativamente e sem aumento da carga tributária.

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Trânsito de Campo Grande clama planejamento

O trânsito em Campo Grande começou a ser fonte de preocupação para os proprietários de automóveis há poucos anos, mas nem medidas paliativas foram tomadas. Apenas anúncios de obras visando melhorar a saturação foram feitas, mas não foram iniciadas.

Todavia, a Prefeitura e a Câmara devem começar a entender que a solução dos problemas de imobilidade urbana é um planejamento que evite a concentração da oferta de atividades como educação, saúde, comércio e produção industrial em poucas regiões, normalmente distantes das áreas com maior número de habitantes, obrigando a população a realizar longos deslocamentos diários. Por exemplo, montar o Hospital Infantil na Avenida Afonso Pena é uma ação que contempla a imobilidade urbana, atravanca ainda mais o trânsito na mais importante artéria da cidade. Mas os governantes e parlamentares não lembraram da existência do trânsito na montagem dessa unidade de saúde.

Reverter essa situação exigirá a criação de novos modelos de financiamento que atraiam o empresariado. A imobilidade urbana é um dos maiores desafios que estão colocados pela população e os governantes ainda não apresentaram respostas. Pensam apenas que a solução virá do Orçamento da União. Um milagre. Terão de adotar soluções diferenciadas como a atração de investidores estrangeiros.

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Tecnologia e obras podem minimizar transtornos

Ainda que não existam estudos aprofundados, a impressão é a de que Campo Grande necessita de linhas de Veículos Leves sobre Trilhos (VLT). São Paulo, Rio de Janeiro, Santos, Cuiabá e Goiânia estão com projetos de VLT em andamento. Outros municípios: Maceió, Salvador, Recife e Osasco estão com estudos em fase terminal.

Para atrair o capital privado para os projetos, será preciso criar uma política tarifária realista e transparente. Na equação da melhoria da mobilidade urbana, conforto, tempo e tecnologia são palavras essenciais para atrair as pessoas para o transporte público.

Em Cingapura, os veículos rodam com tarjetas eletrônicas, enquanto sofisticados aparelhos permitem que a autoridade do tráfego saiba onde cada carro está, ou seja, podendo direcionar semáforos e usar equipamentos inteligentes melhorando o fluxo em

cada horário. Se cair uma árvore, os semáforos podem trabalhar com tempo de abertura diferenciado para reduzir os transtornos.

Mas o futuro é uma palavra proibida em Campo Grande uma vez que o presente ainda é um transtorno incontornável. Basta responder onde estão as obras organizadas e com recursos disponibilizados pelo estudioso de transporte e trânsito de Campo Grande, Santos Pereira, atual diretor presidente do Detran, que a Prefeitura da Capital anunciou e não iniciou? São obras simples na rotatória da Avenida Mato Grosso com a Via Parque e na rotatória da Coca Cola, que desapareceram.

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R$ 5,2 bilhões para 14 VLTs e nenhum entregue

Os cronogramas para as obras do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) estão atrasados no país e nem saíram do papel em muitas cidades. As obras de Cuiabá, por exemplo, consideradas as mais caras licitadas pelo poder público, consumiram 60% de seu orçamento e não devem ficar prontas nem em 2016. Goiânia é outra que tem suas obras andando lentamente.

O custo para implantação do VLT, incluindo o trem, varia entre US$13 milhões e US$70 milhões por quilômetro, e sua capacidade de transporte vai de 15 mil a 40 mil pessoas por hora. É uma obra cara e moderna. As possibilidades de serem realizadas apenas com receitas governamentais, sejam municipais, estaduais ou federais, são muito remotas.

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Helsinque adota transporte público “personalizado”

Um transporte público que não tenha linhas regulares com trajetos fixos. Assemelha-se a chamar um taxi. Por meio de um computador ou celular, o passageiro informa o ponto de partida e o de chegada e, em poucos minutos, é apanhado por um micro-ônibus que adapta a rota o tempo todo, de acordo com a demanda.

Essa é a nova experiência mundial em transporte de massas. Helsinque, capital da Finlândia, com 600 mil habitantes, ao invés de adotar medidas repressivas, como rodízio ou pedágio, decidiu tirar os carros individuais ou familiares substituindo-os com um sistema "personalizado". Eficiente a ponto de convencer os moradores a trocar carros por ônibus e vans.

O programa ainda é operado em pequena escala com somente 15 micro-ônibus e vans, mas o plano é ir ampliando-o, gradualmente, até atingir uma frota que terá de 5 mil a 8 mil micro-ônibus e vans em 2027. O passageiro emite um SMS, o sistema calcula o preço e as estimativas de rota e tempo que a viagem levará. Caso o passageiro aceite, o pagamento é debitado de sua conta e ele se dirige para o ponto de encontro determinado. Ao embarcar, ele passa ao motorista a senha recebida eletronicamente e... boa viagem, menos um carro nas ruas. Custa em torno de 25% da viagem de táxi.

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Aceno para atravessar rua deve valer para todo o País

O gesto com o braço para solicitar a parada dos veículos e permitir ao pedestre atravessar a rua na faixa, já praticado em Brasília, pode ser adotado em todo o país. O projeto que inclui essa norma no Código de Trânsito Brasileiro (CTB) foi aprovado na Comissão de Constituição e Justiça do Senado. O aceno seria exigido para travessia em faixas onde não existam semáforos. Na capital federal, normalmente, basta ao pedestre sinalizar com a mão para que os motoristas deem preferência de passagem. É uma medida simples que demanda apenas a pintura de faixas nas ruas e uma ampla campanha de divulgação e mostra, antes de tudo, civilidade e respeito.

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Vem aí gasolina com 27,5% de etanol

Dentro de alguns dias o governo federal dará uma boa notícia aos usineiros, que fizeram forte oposição nas eleições. O Palácio do Planalto deve divulgar que um estudo técnico comprovou ser possível elevar a proporção de etanol na gasolina para 27,5%, medida considerada fundamental para amenizar a crise das usinas (atualmente o percentual da mistura está fixado em 25%). O estudo foi realizado pela Petrobrás e mostrou que automóveis e motos movidos exclusivamente à gasolina suportam perfeitamente a nova composição sem perda de eficiência.

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