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Em Pauta

Os bairros mais verdes são mais seguros

Mário Sérgio Lorenzetto | 23/03/2018 08:27
Os bairros mais verdes são mais seguros

Melhoram a qualidade do ar, diminuem o ruído, convidam a fazer exercício, também ajudam a filtrar a água e regular os fluxos hídricos e, especialmente, embelezam as cidades. As árvores e arbustos ainda brilham pela ausência em grande parte das cidades, onde já vive mais da metade da humanidade. Até há pouco, pensamos que proteger os bosques consistia em preservá-los lá onde estão, protegendo-os do homem e sua contaminação. Assim, separamos espaços verdes de espaços urbanos. Mas não funcionou em muitos lugares. Agora buscamos a forma de integrar ambos.

A FAO - agência da ONU - acaba de lançar o livro "Bosques e cidades Sustentáveis". A entidade aproveitou o Dia Internacional dos Bosques para contar com a importância deles e de demais áreas arborizadas nas cidades. Uma das mais interessantes e úteis experiências com o plantio de árvores vem de um distrito de Lima, no Peru. Contam como plantaram árvores em ladeiras. Essa pratica impediu a erosão do terreno e a algo impensável: "Perante a falta de casas, as pessoas se instalam onde podem, inclusive em zonas vulneráveis". A população do distrito, humilde, construía suas casas em uma zona perigosa por causa de terremotos ou na chegada de chuvas torrenciais".

"Ao plantar mais bosques, evitamos que mais gente chegasse a esse lugar perigoso, ao mesmo tempo que reforçamos o terreno e criamos uma área para relaxar que pode dar lugar a novos empreendimentos".

A experiência da Filadélfia "nos EUA, também é inusual". Contam seus administradores que com o plantio de árvores em bairros humildes, conseguiram não só embelezá-los, mas também viram melhorar a segurança: "os bairros mais verdes são mais seguros".

Os bairros mais verdes são mais seguros

A cor de teu partido substitui as palavras?

Os antigos estudiosos da política diziam que as vitórias políticas se baseavam em uma combinação de pessoas, programas e organização. Isso é tudo? Talvez devessem adicionar símbolos e cores. Quer dizer, o universo emocional também é determinante em qualquer processo político.

Em comunicação - e em comunicação política em particular - o simbolismo é importante. A contundência da linguagem não verbal, a força cada vez mais viral das imagens e a radicalidade conceitual de determinadas ações são uma das vias para o desenvolvimento de novas campanhas e iniciativas que substituem a palavra pelo símbolo ou, em determinadas ocasiões, por uma cor que represente esse símbolo.

O amarelo entrou com força no imaginário político internacional. A cor amarela, ao contrário da vermelha (propriedade das esquerdas) ou da azul (exclusividade das direitas), está associada na maioria dos países europeus aos partidos liberal-democratas. Aqueles que não se enquadram no espectro esquerda-centro-direita. Estão ligados a um ideário liberal na área econômica, mas defensores dos direitos civis.

No Brasil, a profusão de partidos criou uma paleta de colorações anárquica. Símbolos e cores são usados ao gosto dos marqueteiros, os verdadeiros proprietários das eleições, aqueles a quem são pagas fortunas para nos mentir. Todos deviam vestir de nu. Pelados. Sem cor, sem símbolo, sem programa e sem organização.

Os bairros mais verdes são mais seguros

No Líbano, as bombas seguem matando 12 anos depois.

Doze anos depois do fim da guerra entra o Líbano e Israel, explosivos seguem causando vítimas. Um total de 508 pessoas ficaram feridas ou mortas desde 2006. Durante as últimas horas dos 33 dias de guerra no verão de 2006, a aviação israelense "plantou" no sul do Líbano 4 milhões de pequenas bombas. Lançou os projéteis sobre posições militares e civis, sem diferenciar ninguém.

Lançaram desde o ar, uns tubos contendo até 200 sub-munições cada um. Geralmente 30% não explode ao tocar a terra. Explode ao ser tocada por um humano. Cada sub-munição têm o tamanho de uma bola de ping-pong. Ao detonar, a bomba libera uma quantidade de metralha capaz de matar todo ser humano em um raio de 25 metros e de mutilar gravemente todo aquele que estiver até 100 metros da redondeza.

O governo israelense se nega a liberar as coordenadas GPS dos bombardeios, tanto ao exército libanês como à missão da ONU nessa região (UNIFIL). Essa atitude obriga o governo libanês a investir cada vez mais recursos para encontrar essas bombas. As vítimas são, na imensa maioria, pobres trabalhadores rurais. Às sequelas físicas e mentais que sofrem as vítimas se soma o estigma social. Nessa sociedade rural os mártires são motivo de orgulho, os inválidos de pena.
Somando todos os conflitos do mundo, mais de 20 mil pessoas foram mortas por causa desses projéteis no último meio século. Deles, 98% são civis e 40% são crianças. Até hoje, 119 países firmaram a Convenção de Dublín, de 2008, que proíbe esse tipo de bomba. Israel não assina. Com a finalidade de pressionar os países fabricantes dessas bombas, a organização holandesa PAX, confeccionou uma lista com as seis principais empresas produtoras, são duas norte americanas, duas chinesas e duas sul-coreanas. Elas faturaram 25 bilhões de euros entre 2013 e 2017. Arruínam a vida de civis e seguem lucrando.

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