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Em Pauta

Os terroristas do Estado Islâmico não rezam

Mário Sérgio Lorenzetto | 27/07/2016 07:05
Os terroristas do Estado Islâmico não rezam

É verdadeira a "violência islâmica"? O Estado Islâmico representa a vontade dos muçulmanos? Essas são perguntas que já foram respondidas, mas não aparecem nos meios de comunicação.

O Instituto Gallup fez uma abrangente pesquisa sobre o tema em 35 países de maioria muçulmana, por um longo período de sete anos. O Instituto desejava saber se as pessoas nesses países achavam que os ataques do11 de setembro eram justificáveis. Para 93% dos entrevistados, os atentados não tinham justificativa nem lugar no islã e deram motivos inteiramente religiosos para embasar suas respostas. Citaram o Corão, afirmando que "matar uma única pessoa é como matar o mundo inteiro". Os 7% que consideraram o 11 de setembro justificável, deram razões inteiramente políticas, citando problemas como a Palestina. Essa pesquisa é fundamental para que tenhamos o entendimento correto das relações dos muçulmanos com os terroristas. Ela deveria ter sido divulgada amplamente no Ocidente, mas a mídia não se interessou e raríssimas são as pessoas que ouviram falar a respeito de sua existência.

Isso significa que não estamos olhando para os ataques com a clareza necessária. Não precisa irmos aos Estados Unidos ou à Europa, basta olhar para o que ocorre no Brasil. Acabamos de descobrir que o tal "terrorista de Campo Grande" estava pedindo esmola. Muito barulho para um grupúsculo de idiotas alçados a "perigosos terroristas".
Também sabemos que o Estado Islâmico já foi condenado, nos mais fortes termos, por todas as mais altas autoridades muçulmanas, das salafitas às liberais, das xiitas às sunitas. Mas, novamente, não lemos essas condenações veementes na imprensa. Os jornais e a mídia amam conflitos.

Um jornalista da revista "Foreign Policy", que debateu com apoiadores do Estado Islâmico na Jordânia, afirmou que eles não mencionaram religião, suas preocupações eram totalmente políticas e que nenhum deles atendia às chamadas para as orações.

Marc Sageman, ex-oficial da CIA, que entrevistou cerca de 500 pessoas conectadas com os atentados do 11 de setembro descobriu que apenas 25% deles vinham de uma criação muçulmana convencional. Os demais 75% eram novos convertidos ou não seguidores do islamismo até a data do ataque. O problema, concluiu Sageman, não era o islã, mas a ignorância a respeito do islã. A motivação mais forte dessas pessoas vinha de uma profunda falta de significado e a futilidade em suas vidas. O tédio sempre foi uma força que atraiu os jovens para a batalha.

Os terroristas do Estado Islâmico não rezam

O macabro bolão no Rio de Janeiro: que dia ocorrerá um atentado?

Uma piada de péssimo gosto circula nas ruas do Rio de Janeiro a menos de duas semanas do começo dos Jogos Olímpicos. Um boto intitulado "Bolão do Atentado" convida a quem lhe pareça engraçado apostar se ocorrerá ou não um ato terrorista na cidade durante as competições, entre os dias 05 e 21 de agosto. Nas redes sociais há uma versão do jogo com o símbolo do Estado Islâmico. Não há nada de engraçado na iniciativa. Essa aposta é, em verdade, um verdadeiro ato de terrorismo contra a imagem do Brasil. A notícia está nos principais jornais estrangeiros.

Os terroristas do Estado Islâmico não rezam
Os terroristas do Estado Islâmico não rezam

Os especialistas advertem: no Rio de Janeiro nadarão entre lixo.

Especialistas em saúde e autoridades sanitárias lançaram uma advertência para os nadadores que irão ao mar, desportistas de vela e windsurfe: "mantenham a boca fechada". Segundo informa o New York Times, os estudos realizados pelo governo brasileiro e por cientistas independentes, confirmam o que todos brasileiros sabemos: há uma importante variedade de patógenos nas águas da baía da Guanabara, além das praias de Ipanema e Leblon.
"Os esportistas estarão nadando literalmente entre o lixo" e se arriscam a adoecer devido aos microrganismos presentes na água. É triste, mas também é preocupante", afirmou o Dr. Daniel Becker ao New York Times.

Os terroristas do Estado Islâmico não rezam

Centenário. O dia em que Pancho Villa invadiu os Estados Unidos

Em 9 de março de 1916, 600 milicianos pertencentes às tropas comandadas por Pancho Villa cruzaram a fronteira mexicana, entrando nos Estados Unidos, e atacaram a população da cidade de Columbus, bem como o forte militar Furlong. Foi a única vez na história dos EUA que um exército latino-americano atacou seu território.

As aguerridas tropas villistas se lançaram contra a cidade e o forte. Após seis horas de combate, foram rechaçadas e retornaram ao México. Esse ataque ficou conhecido como a Batalha de Columbus. Os seguidores de Villa capturaram 80 cavalos, 30 mulas e 300 fuzis. Ainda incendiaram um hotel e mataram oito militares e dez civis.

Em resposta, o governo dos Estados Unidos, enviou em março, uma expedição punitiva, encabeçada pelo general Pershing, composta por 5 mil militares que logo foi aumentado para o dobro de combatentes. O ex-presidente norte-americano Dwigth Eisenhower, e o general Patton, que seriam os líderes da Segunda Guerra Mundial, fizeram parte dessa expedição. Ela tinha como objetivo matar ou capturar Villa, para ser julgado nos EUA como um bandido.

A invasão das forças villistas a Columbus foi a resposta de Pancho Villa ao apoio norte-americano ao presidente mexicano Carranza. Também teve um componente de vingança que era capturar e fuzilar Sam Ravel, um traficante de armas norte-americano que havia enganado Villa vendendo-lhe munição inútil a pedido expresso do governo dos EUA.

O episódio, do qual existem muitas versões e lendas, fez vibrar o orgulho mexicano que havia perdido muitas terras para os Estados Unidos.

Os soldados de Pershing enforcaram villistas, fizeram prisioneiros, mas mais de uma vez foram enganados por Pancho Villa. A presença deles, a cada dia, se tornou mais e mais impopular. Até que estalou a faísca que os fez descobrir a pólvora em que estavam sentados. Foi em Parral, no Estado de Chihuahua. O major Frank Tompkins conduziu seus soldados até o centro da cidade. No princípio não houve resistência. Mas uma jovem professora, Elizsa Griensen Zambrano, decidiu enfrentá-los. Acompanhada por crianças das escolas primárias atacou os soldados norte-americanos. Sua ação, suicida, emocionou a população, que armada de paus e pedras, e alguns rifles, expulsou os soldados norte-americanos.

O episódio fez vibrar a campanha de orgulho mexicano. Carranza, o presidente mexicano se colocou contra os EUA e firmou aliança com a Alemanha. De seu refúgio, Villa, a quem muitos davam como morto, reapareceu cavalgando no lombo da lenda depois de permanecer três meses oculto na Serra Madre. Em 5 de fevereiro de 1917, no mesmo dia que se promulgava a Constituição mexicana, as tropas dos EUA abandonavam o México.

Villa ainda viveria aventuras memoráveis antes de cair, emboscado, em 1923. Ao morrer, tinha 45 anos. Foram doze balaços e um tiro de misericórdia que abriram a tumba de Doroteo Arango Arámbula, o homem comum que se tornou Pancho Villa, o vingador do estupro de sua irmã e da miséria dos trabalhadores rurais mexicanos.

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