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Em Pauta

Todo cuidado com os gatos disfarçados de lebre na compra do carro zero

Mário Sérgio Lorenzetto | 30/05/2015 13:00
Todo cuidado com os gatos disfarçados de lebre na compra do carro zero

Todo cuidado com os gatos disfarçados de lebre na compra do carro zero.

O brasileiro acordou do belo sonho da casa própria, do carro zero quilômetro e de todos os eletrodomésticos que cabiam em suas casas. As vendas dos carros novos empacaram. Ainda assim para quem está em condições de levar um zerinho para casa é importante tomar alguns cuidados:
Vitrificação - Ou espelhamento e ainda denominado cristalização. Esse é um serviço oferecido pelas concessionárias para "proteger" a pintura do carro zero quilômetro. Todavia, o automóvel vem de fábrica com um verniz para protegê-lo. E a vitrificação começa com o lixamento desse verniz. Esse serviço só é recomendável após dois ou três anos de vida do carro quando a pintura está desbotando. Nunca em um carro zero. É gato disfarçado de lebre para tomar teu dinheiro.
Duas cabeças - É o carro que tem ano de fabricação diferente do ano modelo, como 2014/2015. O vendedor insiste que ele tem o mesmo preço que o 2015/2015, mas, quando você retornar alguns anos depois para trocá-lo por um novo o mesmo vendedor dirá que é um carro de duas cabeças e que o preço é menor que o 2015/2015. A genética ainda não criou uma lebre que faça "miau", é gato mesmo.
Acessório de outra marca - Ao comprar seu sonhado carro zero percebe que o dinheiro dá para colocar um acessório. A concessionária cobra preço de equipamento original, mas coloca outro de marca não homologada pelo fabricante. Se você protestar, a concessionária afirma que honrará a garantia. Pura balela pois se você viajar e levar para outra concessionária verá a garantia tornar-se fumaça. Não duvide: tem cara de gato, corpo de gato, pata de gato e faz miau. Não é lebre nem em Marte.

Todo cuidado com os gatos disfarçados de lebre na compra do carro zero
Todo cuidado com os gatos disfarçados de lebre na compra do carro zero

Começam a surgir os primeiros grandes empresários otimistas com o crescimento.

Alguns executivos das maiores empresas do país afirmam que, por causa do ajuste em curso, a confiança na política econômica começa a ser restabelecida, criando as condições para o retorno dos investimentos. Eles já veem sinais de que, no segundo semestre, a economia terá um desempenho melhor. As declarações foram feitas na entrega do prêmio "Executivo de Valor" ofertado pelo jornal "Valor Econômico". Roberto Setúbal, presidente do Itaú Unibanco; Wilson Ferreira Júnior, presidente da CPFL; Cledorvino Belini, da Fiat e João Carlos Brega, da Whirpool (Brastemp) esperam um segundo semestre melhor que o primeiro, ainda um pouco morno, quando as mudanças já estarão em pleno vigor e os empresários poderão dimensionar os impactos para voltar a investir.

Todo cuidado com os gatos disfarçados de lebre na compra do carro zero
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Uma história esquecida: o tempo em que os norte-americanos se irmanaram com os cubanos.

Todos se lembram, ou estudam na escola, o tempo em que a Baía dos Porcos foi sinônimo da vitória dos cubanos de Fidel Castro contra os norte-americanos de John Kennedy. Mas há uma história que foi perdida, borrada dos livros: o tempo em que cubanos e norte-americanos combateram juntos contra o Império Espanhol.

Em abril de 1898 o Congresso dos Estados Unidos autorizou o uso da força contra a Espanha. O motivo apresentado era o de "preservar os direitos e liberdades dos rebeldes cubanos", contra os quais a Espanha estava lutando há três anos. As possibilidades da Espanha pareciam exíguas. A guerra estava perdida antes mesmo de ter início. A superioridade era incurável. A esquadra de navios espanhóis era de madeira, segundo o relato dessa guerra criado nos Estados Unidos, um mito. Essa esquadra teria sido destruída como se fosse um exercício de "tiro ao prato" pelos navios de aço (encouraçados) dos Estados Unidos.

Em verdade essa guerra não foi travada apenas em Cuba. Espanha e Estados Unidos se digladiaram também nas Filipinas. Era uma guerra do tipo colonial, em busca da hegemonia de territórios e do comércio. A frota espanhola era formada por 7 encouraçado e a dos Estados Unidos por 11 navios desse tipo. Existiam rebeliões e guerrilhas tanto em Cuba como nas Filipinas que minavam o poderio do que restava do antigo e poderoso Império Espanhol. O grande erro espanhol foi o de dispersar a esquadra em três pontos - Cuba, Espanha e Filipinas. Havia o receio (e falta de informação) de que os norte-americanos atacassem diretamente o território espanhol. Cubanos e norte-americanos venceram os espanhóis. A economia e a política no território de Cuba foi comandada por Washington por mais de meio século. Um dia os cubanos estiveram irmanados aos norte-americanos. Tudo indica que o momento é de paz e de integração entre esses dois povos.

Todo cuidado com os gatos disfarçados de lebre na compra do carro zero
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A fome é um péssimo negócio.

Eliminar a fome não é apenas um imperativo moral, mas também algo que faz sentido do ponto de vista econômico. O Bank of América Merrill Lynch calcula que a fome tenha um efeito negativo na economia global equivalente a R$ 6,8 trilhões. Isto é, todos os envolvidos com a produção, armazenamento e distribuição de alimentos no mundo deixam de ganhar essa imensa fortuna. É o mesmo peso do faturamento do setor alimentício inteiro. É riqueza demais para desperdiçar.

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