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Em Pauta

Tratar obesidade é complexo, não basta só contar calorias

Mário Sérgio Lorenzetto | 05/06/2022 08:34
Campo Grande News - Conteúdo de Verdade

"A solução é fácil: comer menos". "Os gordos são pessoas preguiçosas, sem força de vontade". Essas são ideias entranhadas na cabeça de muitas pessoas. Estão integralmente equivocadas. Já foram identificados mais de 3.000 genes que levam à predisposição para comer mais, engordar ou pelo menos para acumular gordura excessiva em algumas partes do corpo.  Bem claro: a obesidade não é o resultado da falta de vontade. Tampouco é uma escolha. Ninguém escolheria ser obeso.


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A difícil regulagem da saciedade e fome.

Os estudos genéticos garantem que a obesidade está regulada pela sensação de saciedade e de fome. Se tem muito mais fome e não se sacia, comerá mais logo a seguir. Essa regulação é difícil. Existe a ideia errônea de que os obesos são pessoas que se sentam e se empanturram. Sempre publicam fotos de gente comendo cinco sanduíches. Mas a verdade é que basta comer um excesso de 100 calorias por dia - uma "insignificância" - para ganhar cinco quilos por ano. Não parece muito, mas se o faz todos os anos, logo estará gordo.


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500 calorias de banana é igual 500 calorias de sorvete?

Se você colocar 500 calorias de banana em um prato e 500 calorias de sorvete em outro, as bananas pesarão algo como cinco vezes mais que o sorvete. Não adianta ficar só contando calorias. Há necessidade de também contar o peso do que come. Se comer as 500 calorias de banana estará saciado por muitas horas. Se comer 500 calorias de sorvete, em menos de uma hora sentirá fome. Além das calorias, importa o peso, a quantidade de fibras e a consistência dos alimentos.


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Medicamentos: semaglutida e setmelanotida.

Já há no mercado um medicamento que faz as pessoas perderem aproximadamente 15% do peso. O nome científico é "semaglutida". Nas farmácias aparece com os nomes "Ozempic" ou "Rybelsus". É um fármaco caro. Varia de quase R$ 500 até R$ 1.100. Brevemente, chegará nas farmácias a "setmelanotida", que acaba de ser aprovada na Europa. Esse é um medicamento para tratar de algumas obesidades genéticas.

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