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Finanças & Investimentos

A teimosia custa muito caro. Mude logo de atitude!

Por Emanuel Gutierrez Steffen (*) | 03/02/2017 08:27

Salve amigo, tudo bem? Não é raro nos gabarmos ou vermos outras pessoas se gabarem por serem “persistentes”, não é mesmo? Pois bem, cuidado! Persistência e teimosia são duas coisas bastante distintas. Vamos nos ater a teimosia ou a insistência. E para começar, vale lembrar a célebre frase de Albert Einstein: “Insanidade é continuar fazendo sempre a mesma coisa e esperar resultados diferentes“. Essa frase sozinha já resumiria o texto e o conceito de teimosia. Mas vale falarmos um pouco mais disso, vamos lá?

Como bem disse Einstein, é loucura repetir velhos caminhos e esperar chegar em novos lugares, não é? E posto assim, parece um tanto óbvio demais, certo? Errado! É óbvio porque você está lendo isso agora, mas no dia a dia, a verdade é muito mais cruel. Muitas pessoas se ressentem com seus antepassados, que supostamente poderiam ter feito e lhes deixado fortuna, por seus erros primários no trato com o dinheiro e com o acúmulo de patrimônio.

Chegada a vez desse pessoal, não se vê nenhuma mudança; perpetua-se o velho “estigma” de “bater na trave”, ou ter uma vida confortável, mas longe de “ser rico”. Porém, se colocarmos a trajetória sob o microscópio veremos que não poderia ter sido diferente. A maioria absoluta das gerações anteriores de pais e avós, da classe média brasileira, teve um trajeto muito parecido: arrumar um bom emprego, casar-se, ter filhos, pagar o financiamento dos carros, o financiamento da casa, aposentar-se pelo INSS e morrer.

Algo errado com isso? Não! Como sempre repito: não há certo ou errado. O foco aqui é sobre o que faz sentido para você e principalmente, sobre esperar resultados diferentes, mas não mudar a equação. E quando chega na vez da nova geração, que tanto criticou os pais por não terem enriquecido, o que se vê? Exatamente a mesma coisa. Interessante que, ninguém faz uma análise do que supostamente seus pais fizeram de “errado” para não atingirem o resultado que os filhos imaginavam como ideal.

Chegada a vez deles, repetem exatamente a mesma trajetória dos pais, mas carregados de um otimismo infantil de que “com eles será diferente“. Mas como pode ser diferente, se estão fazendo exatamente a mesma coisa? A inocência juvenil reside na ideia de que “algo extraordinário” vai lhes acontecer no caminho que será a grande reviravolta em suas vidas, e aí eles vão mostrar ao mundo que são diferentes.

Na prática, no entanto, a velha máxima se repete: nascem, crescem, se endividam e morrem. A ânsia pela conquista do status quo se sobrepõe a lógica, e sem perceberem, eles se tornam versões com face lift dos próprios pais.

Existe um péssimo hábito de preocupar-se mais em ter todas as respostas do que fazer as perguntas certas. Em uma sociedade hipnotizada com a própria imagem no espelho, parecer sábio se tornou muito mais importante do que sê-lo.

Assim, a marcha da manada segue rumo ao seu destino selado pela inabilidade de controlar seu orgulho para fazer a mais importante das perguntas: por quê. Estão todos tão dominados pela ideia massificada, que engolir o “porque sim” virou padrão.

Por que preciso de uma casa própria? Porque sim, é como todo mundo faz, é como você deve fazer. E o diálogo costuma morrer por aí. No máximo chega até algo assim “porque você precisará de um cantinho quando estiver velho”. Ninguém pensa na hipótese de pela falta de planejamento financeiro, na velhice, o tal cantinho ficar caro demais para ser mantido por um idoso.

Aliás, papo chato esse de planejamento financeiro, hein? Não querem ser medíocres, mas não enxergam a própria mediocridade. E para isso o nome é teimosia, pura e simples! Teimam em velhas crenças, usando respostas pré-fabricadas e simplesmente não questionam nada. Acham o debate trabalhoso demais e seguem otimistas na chegada do Papai Noel.

Como tudo na vida: treino é treino, jogo é jogo! E os mais jovens tem a péssima mania de se precipitar nos julgamentos sem antes olhar para o contexto vivido pelos seus pais. Pior ainda, como disse antes, sequer se dão ao trabalho de entender a trajetória que os levou ao ponto atual. É muito bonito estufar o peito e dizer que com você vai ser diferente, mas não fazer porcaria nenhuma para que isso aconteça.

Erguer-se contra o padrão estabelecido é trabalhoso e doloroso, afinal, os maiores palpiteiros de sua vida vão ferver de raiva quando preferir o aluguel e a liquidez, no lugar da parcela do financiamento e um dívida quase vitalícia. Mas quando o resultado chegar, todos vão dizer que lhe apoiaram e o orgulho que sentem de você; além, claro, de te pedir uma graninha emprestada, não é?

Afinal, a vida para quem paga juros nesse país é uma aventura sem final feliz. Então caro amigo, repito: nada de errado se estiver contente com o caminho conhecido. O que não vale é querer resultados diferentes teimando nas velhas fórmulas, combinado? Afinal, se você sabe onde quer chegar, é muito mais simples escolher o caminho a se tomar. Vida plena e próspera, nos vemos em breve!

Fonte: Renato De Vuono/Dinheirama. Disclaimer: A informação contida nestes artigos, ou em qualquer outra publicação relacionada com o nome do autor, não constitui orientação direta ou indicação de produtos de investimentos. Antes de começar a operar no SFN - Sistema Financeiro Nacional o leitor deverá aprofundar seus conhecimentos, buscando auxílio de profissionais habilitados para análise de seu perfil específico. Portanto, fica o autor isento de qualquer responsabilidade pelos atos cometidos de terceiros e suas consequências.

(*) Emanuel Gutierrez Steffen é criador do portal www.mayel.com.br

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