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Finanças & Investimentos

Até 2030 estas 6 profissões vão desaparecer

Emanuel Steffen | 23/10/2019 10:55

Redes neurais, visão computacional, inteligência artificial, médicos robôs, softwares avançados de análise de dados, moedas digitais e condução autônoma de veículos. Essas e tantas outras são tecnologias disruptivas que estarão cada vez mais presentes em nosso cotidiano. São elas que mudam a forma como vivemos e já começam a impactar diretamente o mercado de trabalho, transformando a maneira como determinadas tarefas são executadas e até mesmo eliminando algumas profissões e carreiras tradicionais do nosso tempo.

A previsão para os próximos anos é que essas transformações no mercado de trabalho ocorram de maneira cada vez mais acelerada e definitiva. Quando pensamos em profissões sendo eliminadas pelo avanço da tecnologia como novos robôs e softwares, geralmente associamos a automação como substituta de tarefas mais repetitivas. Essa associação é verdadeira, mas as profissões que exigem atividades mais conceituais como a tomada de decisões também podem ser assimiladas por máquinas e programas. Sendo assim, podemos afirmar que não é difícil identificar quais as carreiras que serão mais afetadas e deixarão de existir em um futuro próximo. O mais difícil na verdade é tentar prever quais as carreiras que ainda permanecerão.

Os países mais desenvolvidos como Estados Unidos, Reino Unido, Japão e Alemanha serão os locais onde o fenômeno da substituição do trabalho humano por máquinas e softwares mais poderosos será facilmente observado, por ocorrer de maneira mais intensa. Nesses países a quantidade de postos de trabalhos que serão afetados pela automação podem chegar até a um terço das vagas atuais segundo o estudo realizado pela consultoria PwC em 2017.

Como dito anteriormente a automação ou a robotização, como queira chamar, vai substituir não apenas atividades repetitivas mas também aquelas que demandam um conhecimento específico, mais especializado ou técnico, uma vez que as máquinas atuais já estão dotadas com a capacidade de aprendizado. Para ter uma compreensão maior da abrangência dessa tendência que começa a se materializar, vamos ver alguns exemplos de profissões consideradas no limite da sua existência:

1 - Jornalistas e Repórteres

Produzir textos não é um desafio para inteligência artificial, prova disso é o uso de softwares que a gigante de conteúdo Associated Press faz para desenvolver os seus relatórios gerenciais desde 2014. Atualmente 3 mil relatórios por trimestre são viabilizados com a aplicação da inteligência artificial segundo dados do The Verge. Conforme esta tendência muito em breve começaram a surgir os primeiros portais de conteúdos em diferentes formatos com notícias e artigos produzidos sem a participação humana direta.

2 - Auditores e Contadores

Boa parte do trabalho de Auditores e Contadores envolvem processos burocráticos passíveis de automação. Tecnologias como a digitalização, microfilmagem, armazenamento digital e o registro em blockchain, serão incorporadas nessas atividades reduzindo custos e tornando os processos mais eficientes. O Blockchain talvez seja a tecnologia mais emblemática para o fim dessas profissões uma vez que elimina quase por completo a necessidade de validações e registros por terceiros, pois funciona como um livro de registro público de transações muito seguro, imune a fraudes, confiável e cada vez mais popular.

3 - Analistas financeiros e de investimentos

Os profissionais do setor financeiro, mais especificamente analistas financeiros e de investimentos, não são mais páreos para o poder de processamento dos softwares de análise econômica alimentados por Big Data e Inteligência artificial. Tais programas conseguem estudar grandes séries históricas e reconhecer padrões e tendências nos mercados de maneira muito mais eficiente e eficaz que os seres humanos. A capacidade dos algoritmos é superior e mais acurada em avaliar cenários, variáveis e demais condições dos mercados, permitindo a tomada de decisões mais assertivas, sejam elas de custeio, faturamento, avaliação de risco, aporte ou movimentação de investimentos.

4 - Engenheiros de software

No momento em que este artigo é escrito a demanda por engenheiros de software ainda é muito grande principalmente em polos de tecnologia como o Vale do Silício, onde os salários também são muito altos. Porém até o ano de 2030 o que vamos observar será uma redução gradual na demanda por este profissional. Essa tendência é conhecida como “Software gera Software” e é impulsionada pela evolução da inteligência artificial aplicada à programação e aos frameworks de desenvolvimento cada vez mais potentes.

5 - Pilotos de avião

Pode parecer surreal mas o fato é que hoje em dia os aviões comerciais já são dotados de tecnologia para operar praticamente sozinhos. Podemos dizer que a presença dos pilotos já é “quase” descartável, sendo ainda necessários em momentos críticos, atuando em pontos específicos como nas etapas de pouso e decolagem. Testes com voos automatizados que operam sem pilotos já estãos sendo realizados em todo o mundo. Segundo as estimativas da UBS é provável que haja uma economia de mais de 30 bilhões de dólares ao ano caso a maior parte dos voos comerciais não sejam mais operados por pilotos humanos.

6 - Analistas de risco e Corretores de seguro

A avaliação de risco hoje a cargo dos corretores de seguro, será cada vez mais substituída por ferramentas que utilizaram como referência os dados coletados por meio da Big Data e processados por inteligência artificial. Esses softwares serão capazes de realizar análises, simulações, cotações e a contratação de seguros de forma automatizada e de maneira muito mais eficiente e robusta.

Disclaimer: A informação contida nestes artigos, ou em qualquer outra publicação relacionada com o nome do autor, não constitui orientação direta ou indicação de produtos de investimentos. Antes de começar a operar no SFN - Sistema Financeiro Nacional o leitor deverá aprofundar seus conhecimentos, buscando auxílio de profissionais habilitados para análise de seu perfil específico. Portanto, fica o autor isento de qualquer responsabilidade pelos atos cometidos de terceiros e suas consequências.

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