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Finanças & Investimentos

Não se prepare para o mercado de trabalho (apenas)!

Emanuel Steffen (*) | 06/10/2020 07:19

O título do artigo pode soar estranho, mas é a pura realidade se você quiser realmente desenvolver a sua vida financeira e aproveitar as possibilidades profissionais existentes. Para explicar melhor o que este conteúdo pretende você precisa entender que o seu maior inimigo são as suas limitações.

Logo o processo de crescimento envolve dilatar os seus limites e expandir a sua visão de si mesmo e das circunstâncias ao redor. Sendo assim, a pior decisão que você pode tomar é dedicar todo o seu foco apenas na preparação para o mercado de trabalho. Veja mais a seguir.

 

Focar em uma opção é fechar as portas para inúmeras outras?

 Note bem, em períodos de crise é justamente o mercado de trabalho com carteira assinada (representado pelo famoso CAGED) o setor mais afetado pela desaceleração econômica. Afinal, as empresas geralmente não titubeiam em reduzir o time de funcionários para manter a sua lucratividade. Portanto, você não deve ser refém apenas da CLT, pois esse mercado é apenas uma das opções de renda existentes na economia.

 Existe uma infinidade de outros mercados que você pode (e deve) explorar a fim de obter o máximo retorno das suas competências profissionais, apreendidas com muito esforço e dedicação. A grande vantagem do sistema capitalista é a infinidade de possibilidades que os diferentes mercados proporcionam em sua busca incansável para suprir as necessidades humanas de maneira lucrativa.

 Essas necessidades podem ser das mais “básicas” como a alimentação, vestuário e moradia como também de outras  finalidades consideradas “supérfluas”, mas que de igual modo, produzem riqueza e geram recursos para a sobrevivência de todos aqueles que neles atuam.

 Considere o caso da indústria de entretenimento. Já parou para observar quanto bilhões de dólares movimentam as produções de Hollywood? E a riqueza que circula entre os campeonatos esportivos como NBA, Brasileirão e Superbowl? Isso sem falar dos shows, teatros, telenovelas, eventos, séries etc.

Trocar tempo por dinheiro é um bom negócio?

 As oportunidades estão por aí e permeiam toda a economia. Logo, procure pensar muito mais em termo de geração de “renda passiva” do que em “emprego fixo para o longo prazo”. Não troque o seu tempo, um recurso tão escasso e sem retorno por simplesmente dinheiro ao final de um ciclo.

 Prefira ser remunerado tendo como base os seus próprios resultados. Com um pouco mais de segurança financeira tenho certeza que as suas opções profissionais serão muito mais versáteis. Sendo assim, dedique os seus esforços em gerar valor para o maior número possível de pessoas através do seu trabalho.

 Obviamente esse processo também pode envolver o trabalho com carteira assinada, mas caso mantenha o seu horizonte profissional mais amplo, para além do emprego com carteira assinada, tenho certeza que você terá dificuldades em lidar com a grande quantidade de oportunidades que vai começar a identificar.

Qual é a chave da geração de renda?

 Pense sempre em termos de gerar valor para outras pessoas. Como posso gerar valor para as pessoas resolvendo uma dor ou uma necessidade e ainda ser remunerado por isso? O que posso oferecer no mercado de prestação de serviços? no mercado de consultorias? no mercado de venda de produtos digitais? no mercado financeiro? no mercado de trabalho remoto? como produtor, afiliado, franqueado? inventor, técnico, escritor? como empreendedor em uma pequena empresa? como empreendedor autônomo? e muito mais.

Expanda os seus horizontes mentais, seja criativo na forma como aproveita as suas habilidades pessoais, sem deixar de lado a sua ética pessoal e valores eternos. Migre a sua mentalidade do período industrial para a sociedade da era da informação. Assumir uma nova postura e se adaptar frente às tendências que se impõe é mais importante do que insistir em modelos mentais e métodos de organização do trabalho que tem se mostrado cada vez mais ultrapassados ou em decadência.

Quebre as suas limitações! 

Boa parte daqueles que leem esse texto já devem ter escutado conselhos dos seus pais semelhantes à : “Estude em uma boa universidade, procure um emprego em ótima empresa, acumule diplomas, seja promovido e se aposente feliz”. Essa é uma forma de pensar típica da era industrial onde o trabalho nas fábricas, no nascente setor terciário (comércio e prestação de serviços) e na migração para os grandes centros, era a única ou a melhor alternativa possível, frente a pobreza do campo.

Este não é um conteúdo motivacional apenas. Estou simplesmente mostrando como as coisas funcionam hoje e como caminham para ser cada vez mais no futuro. Por conta de processos muito bem definidos como a “transformação digital” das empresas. Entende-se por transformação digital o ganho de eficiência operacional e financeira por meio da aplicação intensiva de tecnologias que facilitam a otimização das operações e a automação.

 O efeito colateral desse processo de ganho de eficiência é a quebra do conceito de “segurança no emprego”, que hoje já não é algo simples de ser conquistado e mantido. A necessidade de ser altamente produtivo é uma realidade que torna o mercado cada vez mais exigente e competitivo. Assim, se apegar a ideia de “emprego por toda a vida” pode representar a forma mais fácil de estagnação ou frustração de um indivíduo.

 Ainda que alguém opte e consiga permanecer por longos períodos empregado em uma mesma organização a pressão por mais produtividade também exigirá uma postura mais proativa e pautada pelos resultados apresentados.

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