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Manoel Afonso

Com as eleições aí, dá para pedir votos sem abraçar?

Manoel Afonso | 04/05/2020 10:54

PREOCUPANTE? A atual pandemia levando nos a revisão da tese de que a idade dos políticos pode representar vantagens. Nomes de personagens, ex-líderes são lembrados na argumentação. Mas muitos deles por aí, já priorizaram a própria saúde e entraram em reclusão preventiva, responsável e exemplar. Sabem bem, a exposição física pública é arriscada e tende a se agravar com a proximidade dos eventos atrelados a campanha eleitoral – onde as manifestações gestuais contam muito. Pedir votos sem abraçar?

A LISTA de políticos influenciadores que podem intervir no processo eleitoral e com idade na faixa de risco de contrair o novo coronavírus merece ser divulgada: Deputado José Teixeira (DEM) 80 anos; deputado Londres Machado (PSD) 78 anos; deputado Onevan de Matos (PSDB) 77 anos; vereador Loester Nunes (MDB) 73 anos; ex-governador André Puccinelli (MDB) 71 anos; ex-governador Zeca do PT - 70 anos; deputado Luiz Ovando (PSL) 69 anos; ex-senador Waldemir Moka (MDB) 69 anos; deputado Dagoberto Nogueira (PDT) 63 anos; deputado Paulo Correia (PSDB) 62 anos. É obvio; com o pleito na data prevista, permanecerão as dúvidas e suspeitas num ambiente intimidatório e desconfortável. E isso poderá influenciar nas urnas.

‘WANTED’: O deputado federal Loester ( PSL) de volta as redes sociais. Ao lado de Ciro Fidelis, empresário na capital, prometem recompensa de R$100 mil para quem der informações que esclareçam o atentado de Adélio Bispo contra o presidente Bolsonaro. ‘Tio Trutis’ lembra que essa prorrogação de 90 dias para a Polícia Federal investigar o caso é uma boa chance de se descobrir quem estaria por trás do crime. O telefone para informações ‘sob sigilo’: 99107-5856. Uma baita grana nesta crise. Quem se habilita?

1-DA ASSEMBLEIA: Deputado Antônio Vaz (Republicano): Autor do Projeto Empresa Amiga da Saúde para melhorar a estrutura das unidades da saúde. Deputado João Henrique (PL): autor do Projeto ‘Programa CNH Social; acompanhando de perto as ações da Secretaria de Saúde nas cidades do Bolsão. Deputado Lucas de Lima (Solidariedade); Membro titular da Comissão da Saúde; acompanha a distribuição de sua verba pessoal de R$909 mil em 13 cidades tendo o objetivo de combater o coronavírus. Deputado Contar (PSL): Ativo nas sessões on line, opinando com críticas e elogios pertinentes aos mais diferentes temas em debate na Casa, sem esquecer o combate ao coronavírus.

‘DESTILARIA’  Quem frequenta as redes sociais tem uma boa noção de como anda o clima político, onde a radicalização é crescente e preocupante. Aproveita-se o espaço para destilar mágoas, frustrações e até ódio. Impressiona: todos se julgam especialistas na área, falando bobagens, discutindo o sexo dos anjos, o óbvio. Com a grande mídia dissecando o tema que ficou tóxico até, o colunista abre mão da sua abordagem, optando pela pauta da política local e outros temas menos estressantes.

2-DA ASSEMBLEIA:  Deputado Marcio Fernandes (MDB); Autor de projeto que concede pensão especial aos servidores públicos no combate ao coronavírus. Deputado Lídio Lopes (Solidariedade) presidiu sessão da CC.Justiça e Redação; registrou sua admiração pela atuação de todos servidores da saúde contra o coronavírus. Deputado Evander Vendramini (PP) Autor de indicação para que o Governo atenda as justas reivindicações de ajuda do Movimento Organizado dos Profissionais de Eventos devido ao impacto causado pelo coronavirus. Deputado Gerson Claro (PP): Ativo durante a sessão semanal da CC Justiça e Redação; participou das sessões ordinárias como líder do Governo.

1-QUESTÃO CULTURAL: O povo e seus valores. Masabumi Hosono, funcionário público, de família de ex-samurais, era o único passageiro japonês no ‘Titanic’. Ao soar o alarme, não esperou ser chamado e tomou o lugar num bote e se salvou. No Japão isso soou mal e ele perdeu o emprego e foi ‘condenado’ pela opinião pública por se salvar em vez de morrer no navio, desrespeitando o código de honra deles. Só em 1997 o Governo concedeu-lhe o perdão, reabilitando a sua família. Imagine isso no Brasil!

2-QUESTÃO CULTURAL: Nakano Takeko nasceu em 1847 em Tóquio. Em 1867 já era uma notável samurai. Na ‘Guerra de Boshin’ em Fukushima, ela lutava com sua espada ao lado da irmã, tendo já abatido 5 inimigos, quando foi atingida por um tiro nas costas. Temendo que seu corpo fosse usado como troféu pelos oponentes, ordenou que a irmã a decapitasse. Feito isso, sua cabeça foi levada ao templo de sua família.

3-DA ASSEMBLEIA:  Deputado Jose C, Barbosa (DEM): Comemora a antecipação das férias escolares conforme sua indicação de 17 de março; enalteceu o papel dos profissionais da saúde no combate ao coronavirus no Estado. Deputado Marçal Filho (PSDB): Viu aprovado sei projeto criando a Semana Estadual de Combate ao Trabalho Escravo tendo como referencia o dia 28 de janeiro; Aprovado em 1ª discussão o seu projeto que obriga os condomínios comunicarem à Polícia as agressões contra mulheres. Deputado Neno Razuk (PTB): Acompanha a aplicação de sua verba de R$1.210 mil a 18 municípios no combate ao coronavirus; aprovado em primeira votação seu projeto que inclui o nome do conjugue nas contas de água, luz, telefone e gás.

VISIONÁRIOS. Fazem a diferença. Se aqui tivemos Manoel da Costa Lima, São Paulo teve o ‘Conde Matarazzo’ que veio da Itália em 1881 aos 27 anos e faleceu em 1937. Começou vendendo banha suína em Sorocaba (SP) e só tinha renda inferior a São Paulo e a União; patrimônio de 20 bilhões de reais (equivalente); mais de 200 fabricas e empresas; o 5º homem mais rico do mundo, conhecido como ‘O patrão de São Paulo’. Mas os seus sucessores não se acertaram na administração e nem abriram o capital social; veio o pedido de concordata pela neta gestora Maria Pia em 1984. Grande parte do patrimônio acabou diluída para saldar as dívidas em dólares. Aí as ‘Indústrias Reunidas Francisco Matarazzo’ afundaram ao melhor estilo ‘Titanic’.

O DESASTRE da administração familiar do ‘Império Matarazzo’ não é o único que temos visto. ‘Tudo que vem fácil, vai fácil’. O ‘Conde’, proprietário do automóvel (Packard) da placa número 1; tinha bancos, terras, fabricas, hidrelétricas, ferrovias, filiais na Europa, ‘EUA’ e Argentina. Empregava 35 mil pessoas. Deixou 11 filhos e talvez isso ajude a explicar o insucesso da nova geração. O filho Chiquinho não seguiu a receita do pai, “o segredo do negócio está na compra e não na venda”. Até a mansão na Av. Paulista acabou demolida em 1996 dando lugar a um shopping com 170 lojas.

DETALHES: Sua mansão foi a 2ª. construída na Av. Paulista. Ele foi o doador da área do estádio do Palmeiras e fundador da FIESP. No final de 1914 ele volta à Itália (a passeio) com a mulher os filhos mais novos e com o início da Guerra permanece para coordenar a distribuição de alimentos na região de Napoli, o que lhe rendeu o reconhecimento do Governo italiano com a comenda de ‘Conde do Reino’. Na velhice, foi proibido pelo médico de tomar os dois litros diários de vinho. Teria que se contentar com apenas um copo. Seguiu a recomendação usando um copo com a capacidade de um litro ‘apenas’. Na sua adega havia 6 mil garrafas. Uma figura que merece ser lembrada.

A LIÇÃO:  O ‘caso Matarazzo’ – embora emblemático pelo seu potencial na época – é apenas mais caso em que a administração familiar passa a ser incompatível com a nova realidade econômica e a própria estrutura empresarial. Administrar meia dúzia de padarias, hotéis e lojas só com gente da família é possível. Mas quando se trata de um conglomerado de empresas de segmentos diversos neste mundo globalizado, é preciso ter profissionais competentes e abrir o capital através de ações. Quem demorou a fazer essa delicada transição gestacional, naufragou com seu negócio ou ficou para traz!

EFEITO CASCATA: O pesquisador Fernando M. Lamas (Embrapa) preocupado com o futuro do algodão, cuja safra no MS começa em julho. Apesar de sermos o 5º produtor mundial consumimos menos que 1/3 e o restante exportamos. Com o petróleo barato, o fio sintético ganha espaço no mercado na indústria. Com essa crise ainda há estoque da safra passada nas indústrias. Um indicativo ruim! Indaga-se: os contratos firmados serão honrados pelos importadores? Como se portará a China, seu maior produtor e maior consumidor? Irá impactar na economia do MS e nos nossos municípios produtores.

“Nenhum coração mais doce bateu no coração de um Presidente da República do que no peito de Juscelino Kubitschek. Bolsonaro tem essa opção; ser um Juscelino ou um presidente qualquer”. ( Deputado Fábio Trad-PSD)

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