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"Estados terão que apresentar ações para zerar filas do SUS", afirma Lula

Programa que busca fim de espera terá aporte de R$ 200 milhões do Ministério da Saúde

Gustavo Bonotto e Léo Rodrigues, da Agência Brasil | 06/02/2023 23:20
Lula e Nísia Trindade durante o lançamento da campanha. (Foto: Ricardo Stuckert/Agência Brasil)
Lula e Nísia Trindade durante o lançamento da campanha. (Foto: Ricardo Stuckert/Agência Brasil)

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e a ministra da Saúde, Nísia Trindade, lançaram hoje (6) um programa para reduzir filas de cirurgias eletivas, exames e consultas especializadas no SUS (Sistema Único de Saúde).

Para ter acesso aos recursos, cada estado deverá apresentar um plano de ação, que deve fixar as prioridades conforme a realidade local. Nesse primeiro momento, o foco estará na redução das filas de cirurgias eletivas, principalmente abdominais, ortopédicas e oftalmológicas. Posteriormente, o esforço estará voltado para os exames e as consultas de especialistas.

Segundo Nísia Trindade, em alguns locais, já existem políticas de redução das filas com resultados positivos. "Alguns estados têm planejamentos avançados. A situação do Brasil é muito desigual", ponderou a ministra Nísia. Ela explicou ainda que cada plano incluirá metas pactuadas com o Ministério da Saúde.

Em seu discurso, Lula avaliou que o acesso a médicos especialistas é um realidade distante da população mais pobre. "Ele até tem acesso ao centro de saúde para fazer a primeira consulta. Mas quando o médico pede para ele visitar um outro especialista, ele espera oito meses, nove meses, um ano. Às vezes morre sem ter o atendimento", disse o presidente."Nem todo mundo pode pagar um oftalmologista. Parece uma coisa muito distante do pobre", acrescentou.

Lula também fez uma analogia com o Brasil Sorridente, programa criado em 2003 durante o seu primeiro governo. "Eu viajava muito o país e a coisa que mais me deixava triste era ver uma pessoa sem nenhum dente ou faltando quatro, cinco dentes na boca. A pessoa não conseguia mais sorrir sem colocar a mão na boca. Eu achava que era preciso transformar a questão odontológica em uma questão de saúde pública. Era impressionante não ter odontologia nos planos públicos de saúde", pontuou.

No Estado - Conforme noticiado pelo Campo Grande News, mais de R$ 7 milhões estão previstos para Mato Grosso do Sul. No total, os estados vão receber R$ 600 milhões, sendo que R$ 200 milhões já serão disponibilizados a partir deste mês, para incentivar a organização de mutirões em todo o País para desafogar a demanda represada.

O restante, cerca de R$ 400 milhões, será repassado de acordo com a produção apresentada de cirurgias realizadas, principalmente abdominais, ortopédicas e oftalmológicas. No caso de Mato Grosso do Sul, do recurso previsto de R$ 7,985 milhões, serão destinados R$ 2.661.934,58 a partir deste mês.

Pela portaria, a adesão dos gestores ao Programa Nacional de Redução das Filas das Cirurgias Eletivas, Exames Complementares e Consultas Especializadas será condicionada ao envio de Plano Estadual de Redução das Filas.

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