Com maioria estragada, só 2 elevadores levam pacientes, comida e lixo do HR

Com três dos cinco elevadores estragados, funcionário do Hospital Regional de Mato Grosso do Sul garante que até parto teve que ser feito em lugar inapropriado. Um técnico de enfermagem, de 35 anos, que pediu para ter o nome preservado, contou que os equipamentos foram estragando aos poucos e que já faz mais de 30 dias que não funcionam.

O servidor ainda relata que os dois elevadores que funcionam têm sido usados para atender a lavanderia, farmácia, almoxarifado, patologia, o setor de nutrição, os visitantes, pacientes, e até a coleta de lixo. Por estar em obras, os materiais de construção também descem por ali, diz.

“O ideal seria o paciente subir sozinho para evitar contaminação, só que os pacientes têm subido tudo misturado. É material com paciente. É paciente com comida. Está tudo misturado. Então, aumenta muito a possibilidade de contaminação”, contou o enfermeiro.

Outra reclamação apresentada pelo funcionário é a falta de higienização do meio de transporte, após a coleta de lixo ser realizada. Segundo ele, a coleta vem sendo realizada durante o dia e não de madrugada, horário que segundo ele deveria acontecer. “Não é feita nenhuma assepsia, nenhuma limpeza, eu pego o elevador todo dia e posso te afirmar que isso não acontece”, diz.

Durante o uso do elevador pela equipe da coleta de lixo, o hospital fica apenas com um equipamento disponível para o transporte de pacientes. Filas se formam na porta do elevador, que andam com lotação máxima.

O enfermeiro descreve a situação como insustentável. “A gente tem o medo de contaminação e além disso, o elevador tem subido com excesso de peso, porque estamos tendo de amontoar todo mundo para subir. Se chegar a parar esses dois elevadores, o hospital simplesmente vai parar”, disse.

O homem diz que os funcionários já entraram em contato com a ouvidoria do hospital, mas nada foi feito até o momento.

Por meio de nota enviada ao Campo Grande News, o HRMS informou que mantém permanente a manutenção preventiva e corretiva para o pleno funcionamento dos seus elevadores. Ainda foi dito que aguarda a chegada de peças para o conserto dos equipamentos parados. Também relata que a escala de serviço, como a de limpeza, foi readequada para que não afetasse o atendimento dos pacientes

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