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Direto das Ruas

Com túmulos quebrados, caixões e ossos ficam expostos em cemitério

Em alguns casos, folhas de zinco foram colocadas por cima dos buracos para tapar o que está dentro

Liniker Ribeiro | 22/03/2019 18:04
Dois túmulos com a parte de cima quebrada; p da esquerda sem nenhum tipo de proteção (Foto: Direto das Ruas)
Dois túmulos com a parte de cima quebrada; p da esquerda sem nenhum tipo de proteção (Foto: Direto das Ruas)

O péssimo estado de conservação de gavetas e túmulos no Cemitério São Sebastião - também conhecido como “do Cruzeiro” -, localizado na Avenida Cel. Antonino, chama atenção de visitantes por uma situação “desconfortável”. Com estruturas quebradas, caixões, restos mortais e lixos ficam expostos dentro de covas.

“Fui visitar o túmulo de um parente e, no caminho, me deparei com uma cena grotesca, coisa de filme de terror. Sepulturas rompidas, com crânios e ossadas amostra. Eu fique chocado”, afirmou Marcos da Silva, de 62 anos, leitor do Campo Grande News que denunciou o problema por meio do canal “Direto das Ruas”.

Fotos tiradas nesta sexta-feira (22) comprovam o abandonado de túmulos no local. “Não é apenas em um, são vários. É uma falta de respeito com as famílias”, complementa.

Em um dos locais, uma folha de zinco foi colocada como alternativa para o problema (Foto: Direto das Ruas)
Em um dos locais, uma folha de zinco foi colocada como alternativa para o problema (Foto: Direto das Ruas)

Não é preciso muito tempo no local para identificar o problema. Em alguns casos, folhas de zinco foram colocadas por cima para tapar alguns dos buracos. Em outros, não há mais nenhum tipo de proteção ou tampa, deixando caixões e restos humanos expostos.

Quem visita o local arrisca dizer que o problema pode ser “resultado do abandono por parte de familiares”, ou até mesmo “pela falta de cuidado de pessoas que participam de enterros no cemitério, que acabam passando por cima das tampas, quebrando e indo embora sem fazer nada”.

Questionada, a prefeitura da Capital, responsável pela administração do cemitério, afirmou que são oferecidos aos familiares de pessoas sepultadas no local, “o título do jazigo - o que denominamos de Aforamento Perpétuo”, afirmou o executivo municipal por meio da assessoria de imprensa.

Segundo a prefeitura, isso significa que a família que adquiriu o espaço tem o domínio e propriedade útil do jazigo. Sendo assim, “o estado de conservação é de responsabilidade dos familiares, pois pertencem às famílias, competindo ao Poder Público a manutenção da área comum dos cemitérios”.

Conforme a legislação, a cada 5 anos podem ser exumadas aquelas pessoas cujas famílias não adquiriram o Aforamento Perpétuo do jazigo. Quando verificada qualquer irregularidade nos cemitérios as famílias são acionadas e, na medida do possível, são realizados reparos nos jazigos, complementa a prefeitura.

Segundo assessoria da prefeitura, a responsabilidade sobre o túmulo é do familiar. Neste caso, a administração irá notificar parentes para que façam a manutenção.

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#matéria atualizada às 16h37 para acréscimo de informações

 

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