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Direto das Ruas

Entulhos em parque fechado dão mais sensação de abandono, dizem moradores

Inaugurado há 11 anos, clone do Parque das Nações Indígenas continua fechado perto de shopping na Consul Assaf Trad

Ronie Cruz | 09/07/2019 07:14
Entulhos em parque tomado pelo mato chamam a atenção da vizinhança (Foto: Henrique Kawaminami)
Entulhos em parque tomado pelo mato chamam a atenção da vizinhança (Foto: Henrique Kawaminami)

Uma nova situação envolvendo o Parque Cônsul Assaf Trad, entre o residencial Alphaville e o Shopping Bosque dos Ipês, passou a chamar a atenção dos moradores para o espaço esquecido. A área verde, inaugurada em 13 de dezembro de 2008, acumula entulhos de restos de folhas e raspas de madeira e continua fechada para o público.

O advogado Joaquim Magalhães, 58, que mora em um residencial próximo, disse que os entulhos aumentam a impressão de abandono. “Tem muitos resíduos aculmulados lá na entrada. Moro nessa região há quatro anos e desde que estou aqui esse parque está abandonado”, reclama.

Portões fechados com arame e cadeado não impedem que quem passa pela calçada veja o estado do parque criado há 11 anos para ser clone do Parque das Nações Indígenas. Além dos entulhos, o mato que cobre o estacionamento, pistas de caminhada e parque para crianças, além de garrafas e embalagens espalhadas, dão ainda mais sensação de abandono para a população.

Corrente nos portões não impedem acesso ao parque que apresenta cercas arrebentadas (Foto: Henrique Kawaminami)
Corrente nos portões não impedem acesso ao parque que apresenta cercas arrebentadas (Foto: Henrique Kawaminami)

“Os vândalos entram jogam sujeira. Tem até o lago que é muito bonito, mas completamente abandonado. A praça também é um lugar onde se vê muitos animais. Até anta encontra por aqui passeando. São três lagos, mas um assoreou. Isso daqui precisa ser revitalizado logo”, disse Magalhães.

Fechado, clone do parque das Nações Indígenas é paraíso escondido a poucos metros de shopping
Fechado, clone do parque das Nações Indígenas é paraíso escondido a poucos metros de shopping

Apesar de o espaço estar fechado, a reportagem do Campo Grande News encontrou cercas arrebentadas e trilhas formadas pela passagem de carros que continuam entrando no local. Na Consul Assaf Trad existe uma base da PMA (Polícia Militar Ambiental), onde funciona o Projeto Florestinha.

Entulhos - De acordo com o tenente coronel da PMA, Edmilson Paulino Queiroz, apesar de existir uma base da PMA dentro do Parque, a responsabilidade pela sua manutenção é da Semadur (Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano). Ele esclareceu que os entulhos de folhas e raspas de madeira são adubos orgânicos levados para o local pela própria Semadur.

“As folhas são para espalhar e recuperar a vegetação que foi plantada no parque. Foram plantadas mais de 5 mil mudas de espécies nativas ao longo do tempo. O solo ali é sem nutrientes porque até fazer o parque a área tinha muita erosão. Então esse adubo vai constituir nutrientes para o solo e garantir a sobrevivência dessa plantas”, explicou.

Das 5 mil mudas, pelo menos 2.500 (como ingás e angicos) foram plantadas em ações realizadas pela PMA. O tenente-coronel Queiroz confirmou que existe um plano para reabrir o parque, mas que o projeto está sob a responsabilidade da prefeitura. “A gente alerta para que as pessoas não entrem no parque porque ele não tem estrutura para receber a população e pode ter risco”, finalizou.

Veja o vídeo:

Parque- O Parque Cônsul Assaf Trad foi inaugurado em 13 de dezembro de 2008 para ser o quarto maior parque de Campo Grande. Com lago, trilhas e pista de caminhada, o modelo é similar ao Parque das Nações.

A ociosidade do parque, localizado entre o condomínio de luxo Alphaville e o shopping Bosque dos Ipês, também é indicada pela ausência de lixo ou pichações, cenário rotineiro em locais abandonados.Inaugurado há 11 anos, o parque, na saída para Cuiabá, foi uma contrapartida do residencial. A recuperação do processo erosivo custou R$ 5 milhões.

O abandono do parque já foi noticiado diversas vezes pelo Campo Grande News e chegou a ser alvo do MP-MS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) que instaurou inquéritos para apurar as condições do local.

A reportagem tentou contato com Semadur sobre a manutenção do parque, mas até o fechamento da matéria, não havia recebido retorno.

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