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Direto das Ruas

Falta de insulina em Campo Grande força pacientes a reduzir doses do medicamento

Segundo a Sesau, o desabastecimento de insulinas é uma consequência da escassez nacional

Por Clara Farias | 12/05/2025 18:35
Falta de insulina em Campo Grande força pacientes a reduzir doses do medicamento
Insulina utilizada por paciente (Foto: Direto das Ruas)

A escassez de insulina nas unidades de saúde de Campo Grande tem obrigado pacientes a racionar doses ou buscar alternativas por conta própria. É o caso do estoquista Alan Soares, de 40 anos, morador do bairro Moreninhas, que relata dificuldade para conseguir a medicação usada pelo pai, de 65 anos, diagnosticado com diabetes. “Estou economizando para não faltar. Se não chegar, vou ter que comprar”, afirma.

Esse caso foi sugerido por leitor que enviou mensagem pelo canal Direto das Ruas.

“Na unidade da Moreninha não tem. Na Cidade Morena também não. Me mandaram para o Mário Covas, fui lá e também estava em falta. Disseram que ia chegar, mas até agora nada”, contou Alan. Ele afirma que o pai utiliza insulina humana, tanto em caneta quanto em frasco, duas vezes ao dia, mas por conta do desabastecimento, está aplicando apenas uma dose diária.

Segundo Alan, uma prima levou o pai novamente à unidade de saúde, nesta segunda-feira (12), onde também foi informada da falta do medicamento. “Ele foi para renovar a receita, porque tem que fazer exame para isso. Mas lá disseram que não tem nada, só na Farmácia Popular, e lá não distribui insulina", disse.

A Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) reconheceu o problema e afirmou, por meio de nota, que o desabastecimento de insulinas é uma consequência da escassez nacional, causada por dificuldades na importação de insumos, segundo comunicado oficial do Ministério da Saúde, por meio de ofício circular 26/2024.

“Como alternativa para não prejudicar os pacientes em uso, a estratégia adotada pela Sesau está sendo fornecer a apresentação em caneta, até a completa regularização do abastecimento da insulina regular frasco”, diz a pasta. No entanto, a secretaria admite que a situação ainda não foi normalizada.

Enquanto a regularização não chega, pacientes como o pai de Alan seguem tentando manter o tratamento de forma improvisada. “Meu pai precisa da insulina. Eu que aplico nele, e estou tentando segurar o que ainda tenho”, concluiu

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