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Direto das Ruas

Falta de segurança no Nova Lima faz moradores investirem em "fortaleza"

Entre prejuízos e investimentos para segurança, uma das famílias já gastou mais de R$ 7 mil

Bruna Kaspary | 19/05/2018 09:57
Na última quarta-feira (15), os assaltantes entraram novamente na casa de Fernanda e Giliard, mas foram impedidos de roubarem por um vizinho (Foto: Saul Schramm)
Na última quarta-feira (15), os assaltantes entraram novamente na casa de Fernanda e Giliard, mas foram impedidos de roubarem por um vizinho (Foto: Saul Schramm)

Os constantes arrombamentos e furtos a residências no bairro Nova Lima e região têm preocupado os moradores, que estão se sentindo reféns por viverem trancados dentro de casa. Uma das famílias, que já teve a casa arrombada três vezes, sendo a última no dia 15, já gastou mais de R$ 7 mil com a segurança e reposição itens roubados.

Fernanda Ataíde, de 24 anos, e Giliard Alves, de 37, estão casados há quatro anos, e, nos últimos três, sofreram inúmeras tentativas de invadirem a casa, e em três delas os assaltantes conseguiram arrombar a entrada. "Nós moramos aqui por um ano sem cerca elétrica, sem grades e sensor de movimento, mas agora a gente que vive em um presídio e eles livres lá fora", lembra a auxiliar de cobrança.

Giliard lembra que nas duas vezes que entraram na residência teve que aumentar a segurança em casa. "Hoje nós temos sensor de movimento até dentro de casa. Tivemos que reforçar a grade que colocamos na janela e as travas das portas", explica.

Na tentativa dessa quarta-feira (16), os assaltantes só não conseguiram invadir a residência porque um vizinho percebeu a movimentação e gritou com eles. Mauro Ramos, de 53 anos, lembra também que já houve inúmeros outros casos similares na região.

"Um final de semana eles vieram assaltando todas as casas, da esquina até duas antes da minha. Nos pontos de ônibus é normal virem roubar os celulares de quem está lá", lembra o instrutor de futebol.

Segundo ele já houve tempos em que os assaltos no bairro não eram mais tão constantes. "Aqui a situação já foi feia, mas já estava mais calmo e agora está voltando de novo", lamenta Mauro.

O mecânico Fernando Nogueira, de 30 anos, diz que furtos e assaltos são constantes na região desde que começou a trabalhar no bairro, há dez anos. Recentemente, ele abriu a oficina e lembra que não tinha alternativa senão equipar o estabelecimento.

"Logo de cara já coloquei cerca elétrica, câmeras, sem contar que sempre que pode, a gente dá uma passadinha de noite aqui, olha as câmeras pelo celular, sempre monitorando", explica o mecânico.

A polícia - Segundo o major Antônio José Pereira Neto, responsável pelo policiamento na região explica que, em relação ao ano passado, o número de roubos e furtos desde o começo do mês de maio está equivalente ao mesmo período do ano passado.

Para ele, o principal fator dessa sensação de aumento na insegurança do bairro é o fato de que, pouco adianta a Polícia Militar conseguir identificar o suspeito de invadir uma residência. "A pessoa vai presa e em seguida está na rua pronta para cometer outro crime", completa. 

O Pelotão da PM do bairro Nova Lima faz rondas extensivas em uma área com mais de oitenta mil moradores, tendo apenas uma viatura, que está parada esperando autorização para troca de óleo, e um efetivo pequeno de policiais.

Casa arrombada três vezes tem cerca elétrica, grades nas janelas de blindex, câmeras e sensores de movimento (Foto: Saul Schramm)
Casa arrombada três vezes tem cerca elétrica, grades nas janelas de blindex, câmeras e sensores de movimento (Foto: Saul Schramm)

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