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Direto das Ruas

Guarda parte para cima de paciente ao ser xingado em UPA

Após cerca de 6 horas de espera, mototaxista diz ter sido agredido por pedir prioridade; GCM não se manifestou

Por Gustavo Bonotto e Judson Marinho | 20/10/2025 19:09

Um paciente foi agredido por um guarda municipal no fim da tarde desta segunda-feira (20) na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Coronel Antonino, em Campo Grande. A confusão começou por volta das 17h, quando o servidor deu prioridade a outro homem em cadeira de rodas que havia acabado de chegar. O mototaxista Rogério Luiz, de 32 anos, questionou a ação e acabou sendo empurrado contra a parede.

RESUMO

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Um paciente foi agredido por um guarda municipal na UPA Coronel Antonino, em Campo Grande, após questionar a prioridade de atendimento. O mototaxista Rogério Luiz, de 32 anos, que aguardava atendimento desde o meio-dia devido a um acidente de trabalho, foi empurrado contra a parede ao indagar sobre a preferência dada a outro paciente. Durante a confusão, uma mulher desmaiou ao pensar que sua irmã havia sido agredida. O guarda municipal, que não quis se manifestar sobre o caso, teria acusado o mototaxista de simular dor, mesmo após este mostrar cicatriz de cirurgia anterior. A Prefeitura foi questionada sobre o procedimento, mas não se pronunciou.

Rogério contou que aguardava atendimento desde o meio-dia, após sofrer um acidente de moto enquanto trabalhava. Ele afirmou que a discussão começou quando perguntou ao guarda se o recém-chegado seria atendido primeiro.

“Eu estava aqui há horas, com dor na perna e esperando atendimento. Só perguntei por que outro paciente passou na frente. Ele me acusou de estar fingindo e veio para cima de mim”, disse.

Guarda parte para cima de paciente ao ser xingado em UPA
Guarda parte para cima de paciente ao ser xingado em UPA
Rogério mostra ferimento que o levou para unidade de saúde. (Foto: Juliano Almeida)

Segundo o mototaxista, o guarda o agarrou pela camisa e o empurrou. “Mostrei a cicatriz da cirurgia e expliquei que sentia dor. Ele disse que eu estava mentindo, me empurrou e gritou. Eu estava gravando e não reagi”, relatou. Rogério contou que, durante a confusão, uma mulher desmaiou ao pensar que a irmã havia sido agredida. “Ele ainda foi até ela e puxou o pé, dizendo que ela estava fingindo também”, afirmou.

A irmã da paciente explicou que a mulher, já debilitada, se assustou com o tumulto. Rogério disse que não recebeu o atendimento adequado e que o tempo para sutura do ferimento na perna havia sido ultrapassado.

“Estou com o joelho aberto, com corte profundo. Fui acusado de fingir dor e, no fim, vou ser levado à delegacia por desacato. O único erro foi questionar a atitude dele”, declarou.

O mototaxista contou que sofreu o acidente enquanto trabalhava e foi por conta própria até a unidade. “Eu não vim de ambulância porque achei que não fosse grave. Só que cheguei aqui e já são quase seis da tarde e nada. Ainda passo por isso”, lamentou.

Guarda parte para cima de paciente ao ser xingado em UPA
Movimentação de guardas e policiais militares, dentro da UPA do Universitário. (Foto: Juliano Almeida)

O outro lado - O guarda municipal envolvido, que atua na segurança da UPA, foi visto na unidade, mas não quis falar sobre o caso.

A reportagem questionou à Prefeitura o procedimento da Guarda Municipal, mas não obteve resposta no prazo estipulado de uma hora para a publicação do texto. O espaço segue aberto para declarações futuras.

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