Retirada do 2G gera receio em morador que teme perder conexão na zona rural
Morador de São Gabriel do Oeste diz que 5G não cobre áreas rurais e que mudança sem protocolo pode prejudicar
A remoção do sinal 2G para implantação do 5G pela Vivo é motivo de preocupação para Diego Ramos, de 38 anos, morador de São Gabriel do Oeste, a 137 km da Capital. A sugestão de matéria chegou nesta terça-feira (1º) pelo canal Direto das Ruas.
RESUMO
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Moradores da zona rural de São Gabriel do Oeste, em Mato Grosso do Sul, manifestam preocupação com a remoção do sinal 2G pela operadora Vivo para implantação do 5G. O principal temor é que áreas afastadas fiquem sem cobertura, já que o alcance do 5G é limitado a 10 km das antenas, enquanto o 2G abrange até 30 km. O técnico em informática Diego Ramos, de 38 anos, relata que já enfrenta dificuldades com o sinal atual, necessitando de equipamentos especiais para amplificação. A Vivo informou que a transição será gradativa, considerando a viabilidade técnica de cada localidade, mas não apresentou cronograma específico para a região.
De acordo com o Mapa das Antenas, da Conexis, Mato Grosso do Sul conta atualmente com 481 da operadora. E, no caso de São Gabriel do Oeste, são apenas seis. Dessas, apenas quatro oferecem cobertura 5G na cidade. Para a 2G são disponibilizadas três.
Técnico em informática, ele tem uma chácara no município e afirma que, mesmo no 2G, o sinal da operadora já é ruim, sendo o único acesso para quem mora afastado da zona urbana. “A gente tem sítio em São Gabriel do Oeste e é geral, não é um problema isolado. A Vivo está implantando o 5G e fazendo a remoção do 2G, que, por enquanto, só tem nas capitais”, diz.
Atualmente, para ter acesso ao sinal 2G, ele usa um celular com antena maior, além de outros equipamentos. “A gente tem telefone rural, amplificador de sinal porque não pega, tivemos que instalar antena”, explica.
A reclamação do morador é que a remoção vai afetar a zona rural se a cobertura 5G não chegar a essas áreas, como já acontece. Além disso, ele cobra que a Vivo apresente um cronograma para o município, para evitar que a cidade fique sem conexão de forma repentina. “No geral, a Vivo se recusa a mostrar um cronograma de onde será desativado e se haverá cobertura equivalente. Não há solução sendo apresentada”, fala.
Sobre essa cobertura equivalente, o morador explica que hoje o 5G funciona até 10 km das antenas, enquanto o 2G consegue abranger até 30 km das cidades. “A operadora vai substituir a antena 2G, diminuindo a área de cobertura e deixando assentamentos, rodovias e distritos sem sinal de telefone celular”, relata.
Diego diz que já procurou a Anatel e a operadora, que respondeu que a mudança em Mato Grosso do Sul será feita de forma gradativa, dependendo da viabilidade técnica e regulatória de cada localidade.
A reportagem procurou a operadora que, por meio da assessoria, informou estar avaliando o caso.
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