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Direto das Ruas

"Rio não tá para peixe": em dia de pesca, guia encontra sete onças no Pantanal

Guia de pesca estava acostumado a ver onça, mas não sete de uma vez só

Gabrielle Tavares | 03/08/2022 17:10


Família de onças-pintadas no Rio Miranda, em Mato Grosso do Sul. (Foto: Alan da Silva)
Família de onças-pintadas no Rio Miranda, em Mato Grosso do Sul. (Foto: Alan da Silva)

Era para ser só mais um dia na rotina do guia de pesca Matheus Reis da Silva, de 25 anos, levando um turista para conhecer o Pantanal de Miranda, mas sete onças-pintadas cruzaram seu caminho na manhã de ontem (2).

"Vou pescar todo dia, então já vi várias vezes (onça), mas sete assim, de uma vez, nunca. Uma ou duas é normal, mas sete foi a primeira vez", relatou.

O vídeo foi feito no Rio Miranda, entre o Morro do Azeite e o trecho das Laranjeiras. O turista que estava com Matheus, sem costume de ver o animal selvagem, ficou emocionado.

"Ele nunca tinha visto tanta onça né. Eu já estou acostumado então não tenho medo, é só não abusar muito, tem que deixar a privacidade dela. Lá é a casa dela, não nossa", ressaltou Silva.

Ele trabalha na região há cinco anos e acredita que as onças tenham saído da mata para tomar água do rio, devido à seca. "Não tem lagoa nas represas lá dentro da mata, ai como o tempo tá muito seco, elas descem pra beber água no rio".

Tempo seco -  A estação úmida do bioma, que conecta lagoas e forma ampla área alagada, costuma ocorrer entre os meses de outubro e março, enquanto a seca se estende de abril a setembro.

De janeiro a julho, o Pantanal já perdeu mais área por incêndios que no mesmo período, no ano passado. O aumento no território queimado foi de aproximadamente 29%, de 99,5 mil para 128,9 mil hectares, segundo o Lasa (Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais) da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro).

Até o fim do ano, decreto de situação de emergência em 14 cidades entra em vigor, com situações especiais para combate a incêndios florestais nos próximos 180 dias.

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