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Economia

“Delícias” da terra entram em incubadora para virar negócio

Aline dos Santos | 18/02/2014 14:37
Pão de jatobá vai migrar de assentamentos para a cidade. (Foto: Marcos Ermínio)
Pão de jatobá vai migrar de assentamentos para a cidade. (Foto: Marcos Ermínio)

Pão de jatobá, brigadeiro de bocaiuva, produtos apícolas, mandioca, conservas, biscoitos regionais. As delícias produzidas na zona rural de Campo Grande vão chegar à cidade e virar negócio.

“Já produzíamos nos assentamentos, mas queremos fazer algo diferente do que está no mercado”, conta Rosa Maria da Silva, da Broto Frutos. Ela e mulheres dos assentamentos Estrela e Três Barras resolveram aproveitar o frutos do Cerrado para dar sabor regional a salgados e doces.

Nesta terça-feira, na Incubadora Municipal Norman Edward Hanson, no bairro Santa Emília, os responsáveis por seis empreendimentos firmaram parceria com a Prefeitura. Rosa Maria já fez curso de higiene e manipulação de alimentos e, agora, espera as aulas de informática e gerenciamento.

Por 30 meses, a Broto Frutos terá uma sala na incubadora. O desejo é ver os produtos em alguma rede de supermercados. “Vamos aprender a gerenciar, lidar com as burocracias, ir para o mercado com competitividade”, diz Rosa Maria.

“A incubadora é uma galinha que choca, cuida dos pintinhos e só solta quando estiverem prontos, sabendo se alimentar e caminharem com as próprias pernas”, compara Ivo Buzato, representante da Uniderp/Anhanguera, parceira na iniciativa voltada aos microempreendedores.

Diretor-presidente da Funsat (Fundação Social do Trabalho), Aldo Euripedes Donizete, afirmou que para 2014 será ofertado R$ 1,2 milhão em microcrédito. “No ano passado, foram quase R$ 700 mil. Em 2012, foram R$ 130 mil”.

Desejo de Rosa é ver produtos em supermercados. (Foto: Marcos Ermínio)
Desejo de Rosa é ver produtos em supermercados. (Foto: Marcos Ermínio)

De acordo com a titular da Sedesc (Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, Turismo e do Agronegócio), Dharleng Campos de Oliveira, o poder público oferece estrutura, salas equipadas, capacitação, treinamento e acompanhamento. Por mês, o projeto “incubado” paga R$ 120.

Conforme a secretária, seis representantes de empresas assinaram a parceria hoje, mas, ao todo, são dez que ingressam na encubadora.

O sistema de incubação funciona de três formas: pré-incubação, quando o empreendimento recebe apoio para elaboração do plano de negócio, por um período de até três meses; incubação residente, quando o empreendimento ou empresa fica instalado em uma sala da incubadora por um período de até 30 meses; e incubação à distância, quando a empresa fica instalada em prédio próprio, mas recebe assessoria por até 30 meses.

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