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Economia

Após 'Carne Fraca', frigoríficos devem ganhar 'selo externo' em produtos

Nyelder Rodrigues e Helio de Freitas, de Dourados | 15/05/2017 20:56
Comitiva recepcionou ministro na Expoagro nesta segunda-feira (Foto: Helio de Freitas)
Comitiva recepcionou ministro na Expoagro nesta segunda-feira (Foto: Helio de Freitas)

O ministro interino da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Eumar Novacki, anunciou nesta segunda-feira (15) em visita feita à Expoagro, em Dourados - cidade localizada a 233 km de Campo Grande -, que para estimular o combate a corrupção na cadeia produtiva, um selo de qualidade, certificado fora do setor público, deverá ser lançado.

Segundo Novakci, as empresas que adotarem ações duras para combater a corrupção na certificação vão receber um selo atestando qualidade. Porém, ao invés de ser oferecido por autoridades públicas e sanitárias, o selo seria de responsabilidade de uma entidade certificadora privada. "Vai dar transparência e qualidade ao setor", opina.

A iniciativa surge após a Operação Carne Fraca, que identificou inúmeros casos de corrupção na aprovação oficial do Governo para carnes, o que atingiu o agronegócio em cheio, mas também abriu os olhos do setor para a questão.

"Novas operações poderão vir para coibir desvio de servidores públicos. A Carna Fraca veio para a mídia como um problema do setor e gerou transtornos terríveis. Houve falha na divulgação e países fecharam as portas [para importar carne brasileira] e o mercado interno puxou o freio", comenta o ministro interino.

Eumar, no entanto, destaca a ação do Governo Federal para reduzir os danos e recuperar o mais breve possível o cenário do setor. "Agimos rápido e não escondemos a poeira embaixo do tapete. Grandes mercados consumidores estão comprando e esta,ps ma segimda etapa desse trabalho, com a visita do ministro Blairo Maggi a países árabes".

Blairo, titular da pasta de Agricultura, conseguiu que o Kuwait abrisse novamente o mercado para os produtos brasileiros. O ex-governador de Mato Grosso deve retornar em breve, ficando a cargo de Novacki ir à Europa, Egito e China conversar sobre os produtos brasileiros. "Trouxe prejuízo enorme para a imagem do setor".

Cobranças - Durante a visita, o ministro interino também foi cobrado sobre questões pertinentes ao agronegócio sul-mato-grossense. Tanto o presidente do Sindicato Rural de Dourados, Lúcio Damalia, como o presidente da Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul), Mauricio Saito, falaram sobre invasões.

Eles reclamaram que falta segurança jurídica para os produtores. "Até assentamento está sendo invadido em Mato Grosso do Sul", disse Damália, em referência aos sítios reivindicados por indígenas em Dourados e que foram invadidos, mostrando que não apenas grandes propriedades, mas também as pequenas sofrem com tal situação.

O ministro também foi questionado sobre o frigorífico de peixe de Dourados, que está com as obras paradas há oito anos, mesmo depois de um investimento milionário feito no prédio. Novacki não respondeu, mas recebeu um documento da prefeita Délia Razuk (PR) pedindo a liberação de recursos para concluir a obra.

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