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Economia

Apreensões da Receita Federal em MS somaram R$ 368,7 milhões

Cigarros, carretas e eletroeletrônicos puxaram ranking de mercadorias contrabandeadas em MS no ano passado

Rosana Siqueira | 22/01/2020 17:02
Veículos que transportam contrabando também são alvo das apreensões das forças policiais. (Arquivo)
Veículos que transportam contrabando também são alvo das apreensões das forças policiais. (Arquivo)

A apreensão de mercadorias irregulares pela Receita Federal em Mato Grosso do Sul somou R$ 368,7 milhões no ano passado. O número colocou o Estado no quarto lugar no ranking nacional de produtos oriundos de descaminho ou contrabando.

No Brasil o montante bateu recorde em 2019. Segundo balanço divulgado ontem (21), o órgão confiscou R$ 3.256.750.247,91 em contrabando no ano passado, valor 3,22% maior que o registrado em 2018.

No Estado os produtos apreendidos pelas forças policiais (Polícia Federasl, PRF, PRE, Polícia Civil, entre outras) foram encaminhados aos depósitos da Receita em Campo Grande, Ponta Porã, Corumbá e Mundo Novo.

O número de operações de vigilância e repressão aduaneira também bateu recorde. Em 2019, a Receita fez 4.955 operações, contra 3.347 no ano anterior.

No Brasil entre os tipos de mercadorias recolhidas, os cigarros lideram a lista, concentrando 35,67% das apreensões. Em segundo lugar, estão os eletroeletrônicos, com 11,42%, seguido por vestuário (7,02%) e brinquedos (4,71%). Mesmo com uma redução em volumes, o cigarro ainda lidera o ranking do descaminho também em MS, seguido pelas carretas (veículos que transportavam os itens) e finalmente os eletroeletrônicos.

De acordo com o delegado da Receita Federal em MS, Edson Ishikawa, além da proximidade com a fronteira este volume de apreensões se dá pelo aumento nas operações de toda a força policial no Estado. “Todas as forças policias que atuam nestas operações e encontram descaminho ou contrabando encaminham as mercadorias para Receita”, frisou destacando a importância da parceria com as polícias.

Ele destaca que alguns itens tiveram redução nas apreensões e outros cresceram muito em 2019. Neste ano, Ishikawa entende que o cenário pode recuar diante do aumento do limite de cota para compras no exterior. “Isso vai ocorrer muito possivelmente com o limite de cota para 500 dólares no Paraguai, por exemplo. É que chega num patamar onde muitos produtos as pessoas compram diretamente sem descaminho. Alguns itens entram na cota e podem ser trazidos sem problema”, frisou.

Prata – Além das habituais mercadorias como cigarros e eletroeletrônicos, um produto chamou a atenção da delegacia da Receita Federal em MS, nas apreensões do ano passado: peças em prata provavelmente oriundas da Bolívia que foram recolhidas e encaminhadas para a Receita.
“Os itens foram apreendidos pela Policia federal que caracterizou como contrabando diante do volume de peças de prata. Elas estavam camufladas, mas tudo indica que vieram da Bolívia” destacou Ishikawa. Ele destaca que as peças foram para um leilão destinado a um público específico.

No ano passado também, a Receita destinou vários itens de doações para as instituições filantrópicas.

Em nota, a Receita Federal informou que o crescimento das apreensões é resultado dos investimentos em tecnologia, da capacitação dos servidores e da utilização dos instrumentos adequados, como scanners e cães farejadores. O órgão também cita o aumento das operações como fator que contribuiu para o recorde.

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