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Economia

Balança de MS tem superávit, mas faturamento cai em relação a 2018

Resultado nos cinco primeiros meses deste ano foi positivo em US$ 1,22 bilhão, escorado

Humberto Marques | 07/06/2019 19:09
Celulose segue como principal item da pauta de exportações do Estado. (Foto: Arquivo)
Celulose segue como principal item da pauta de exportações do Estado. (Foto: Arquivo)

A balança comercial de Mato Grosso do Sul registrou superávit de US$ 1,22 bilhão entre janeiro e maio deste ano. O resultado, apesar de positivo, mostra-se inferior ao do mesmo período de 2018, em um cenário de alta do dólar e desvalorização do real na ordem de 10%, no qual as vendas de celulose foram, mais uma vez, o destaque do Estado no mercado.

No período, Mato Grosso do Sul totalizou US$ 2,19 bilhões e R$ 968,4 milhões em importações, chegando ao saldo de US$ 1,22 bilhão. Nos cinco primeiros meses de 2018 foram US$ 2,33 bilhões em vendas e US$ 1 bilhão em compras, saldo de US$ 1,25 bilhão. A queda foi de 2,15%.

Os números do período neste ano revelam expansão das exportações e retração nas importações na comparação com o ano passado.

Componentes – A celulose, processada em Três Lagoas –a 338 km de Campo Grande– segue como principal produto da pauta de exportações, superando em 20,95% as vendas do ano passado.

Neste ano, foram 1,84 milhão de toneladas exportadas, com uma arrecadação de US$ 886,3 milhões (equivalente a 40,38% das exportações). No ano passado, as exportações chegaram a 1,63 milhão de toneladas e 732,8 milhões em arrecadação (31,43% do total).

Com crescimento semelhante na sua importância na pauta comercial, a carne bovina e outros produtos da pecuária teve variação de 21,81%, saindo de US$ 67,2 mil toneladas para 89,5 mil toneladas. Em valores financeiros, o aumento foi de US$ 244,6 milhões para US$ 297,9 milhões, representando 13,58% do saldo.

Celulose e soja seguem como principais produtos de exportação do Estado, mas vivem momentos diferentes. (Imagem: Semagro/Reprodução)
Celulose e soja seguem como principais produtos de exportação do Estado, mas vivem momentos diferentes. (Imagem: Semagro/Reprodução)

O milho em grão (avanço de 50,9%, totalizando US$ 61,1 milhões) e o papel, papelão, embalagens e artefatos de papel (21,92% de alta e US$ 23,2 milhões de faturamento) também tiveram crescimento nas exportações. Contudo, o maior crescimento proporcional coube ao ferro-gusa e ferroligas, com variação de 238,7% –foram 32,1 mil toneladas exportadas, em faturamento de US$ 10,3 milhões.

Retração – Por outro lado, alguns produtos registraram quedas consideráveis na balança comercial. A maior delas coube ao açúcar, que de 156,6 milhões de toneladas teve 26 milhões de toneladas negociadas nos cinco primeiros meses do ano. As vendas caíram de US$ 51,6 milhões para US$ 8,6 milhões.

Os minerais metálicos não-ferrosos também tiveram queda. de 242,2 mil toneladas, o total recuou para 124,5 mil toneladas, e a arrecadação caiu de US$ 43 milhões para US$ 19,7 milhões.

O minério de ferro recuou 16,1%, com 1,51 milhão de toneladas vendidas e arrecadação de US$ 54,55 milhões; enquanto a retração dos artefatos de couro e calçados chegou a 28,52% (22,9 mil toneladas vendias e receitas de US$ 30,1 milhões).

Também houve queda considerável na venda de carnes de aves, na ordem de 37,19%. As vendas chegaram a 43,9 mil toneladas e arrecadação de US$ 77,5 milhões.

Petróleo e gás lideram as importações do Estado. (Imagem: Semagro/Reprodução)
Petróleo e gás lideram as importações do Estado. (Imagem: Semagro/Reprodução)

Segundo principal item de vendas internacionais, a soja em grão viu as vendas encolherem 26,81% na comparação com o mesmo período de 2018. Naquele período, as vendas chegaram a 2,15 milhão de toneladas e US$ 845,5 mil em vendas.

Neste ano, a produção negociada foi de 1,74 milhão de toneladas, com faturamento de US$ 618,8 milhões. O grão representou 28,19% do faturamento da balança comercial.

Importações – Já em relação às compras internacionais, o petróleo, gás natural e serviços de apoio seguem como principal produto importado, respondendo por 51,98% do saldo. Porém, refletindo apontamentos da administração estadual quanto à queda na arrecadação, o bombeamento teve variação negativa de 8,14% na comparação com 2018.

De 2,15 milhões de toneladas e movimentação de US$ 547,9 milhões, as compras do combustível somaram 1,81 milhão de toneladas e US$ 503,3 mil. O gás natural boliviano foi o principal item adquirido, segundo a Semagro (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar).

Por outro lado, as compras de produtos químicos inorgânicos cresceram 25,96%, saindo de US$ 53,5 milhões para US$ 67,4 milhões (e de 182,4 mil toneladas para 218,1 mil toneladas).

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