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Economia

BC sinaliza juros altos por mais tempo e dólar avança a R$ 5,29

Bolsa de valores encerra série de recordes com queda de 0,07% após declarações ao mercado

Por Gustavo Bonotto | 12/11/2025 19:20
BC sinaliza juros altos por mais tempo e dólar avança a R$ 5,29
Cédulas do dólar, moeda estrangeira utilizada para transações comerciais no mercado financeiro. (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

O dólar subiu 0,37% nesta quarta-feira (12), cotado a R$ 5,29, enquanto o Ibovespa caiu 0,07%, aos 157.633 pontos, após doze recordes consecutivos. Apesar da correção, o índice ainda acumula alta de 31,05% no ano, enquanto o dólar apresenta queda de 14,36% no mesmo período.

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O dólar registrou alta de 0,37%, cotado a R$ 5,29, enquanto o Ibovespa recuou 0,07%, atingindo 157.633 pontos, interrompendo sequência de doze recordes consecutivos. A mudança foi influenciada por declarações do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, sobre manutenção dos juros altos, e pela queda do petróleo no mercado internacional. No cenário doméstico, o setor de serviços apresentou crescimento de 0,6% em setembro, comparado a agosto, alcançando o maior nível da série histórica. O resultado foi impulsionado pelo transporte rodoviário de cargas, superando as expectativas do mercado e sinalizando possível impacto nas futuras decisões sobre a taxa Selic.

A alta da moeda americana e a leve queda da bolsa ocorreram após declarações do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, e reflexos da queda do petróleo no mercado internacional. A combinação dos fatores aumentou a cautela dos investidores e reduziu o apetite por risco.

Galípolo afirmou que a autoridade monetária deve manter os juros altos por mais tempo, sinalizando preocupação com a inflação. A fala foi interpretada como indício de política monetária mais rígida, o que fortalece o dólar frente ao real. Além disso, o recuo nas cotações do petróleo pressionou as ações da Petrobras e de outras petroleiras, contribuindo para a queda do principal índice da B3.

As ações ordinárias da Petrobras caíram 2,99%, e as preferenciais do Itaú recuaram 2,28%.

No cenário internacional, os investidores acompanharam a expectativa de aprovação de um acordo para encerrar a paralisação do governo dos Estados Unidos, que já dura 43 dias. O texto, aprovado pelo Senado, deve ser votado pela Câmara nesta quarta, e o presidente Donald Trump confirmou que sancionará o projeto. A medida deve restabelecer o funcionamento das agências federais até janeiro de 2026.

No Brasil, o destaque econômico foi o avanço do setor de serviços, que cresceu 0,6% em setembro em relação a agosto, segundo o IBGE. Na comparação com o mesmo mês do ano passado, a alta foi de 4,1%, impulsionada pelo transporte rodoviário de cargas. O resultado superou as expectativas do mercado e levou o índice ao maior nível da série histórica.

O desempenho do setor é considerado um termômetro do PIB (Produto Interno Bruto) e pode influenciar as próximas decisões do Banco Central sobre a taxa Selic.

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