Campo Grande é a 5ª melhor cidade do país para franquias, mostra estudo
Consultoria inclui Capital sul-mato-grossense em rol das 10 cidades que, juntas, representam 20% do potencial de consumo do país

Estudo realizado pela Goakira Consultoria colocou Campo Grande como a quinta melhor cidade do Brasil para se abrir uma franquia. A Capital sul-mato-grossense foi a única a figurar entre os dez municípios do país com condições mais favoráveis para a abertura de um negócio do gênero. Em um potencial de consumo estimado em R$ 4,1 trilhões no país, esses municípios correspondem a pouco mais de R$ 1 trilhão –ou seja, 20%.
O ranking é liderado pela cidade do Rio de Janeiro, seguida por São Paulo, Maceió (AL), Santo André (SP), Campo Grande, Belo Horizonte (MG), Guarulhos (SP), Curitiba (PR), São Luís (MA) e Campinas (SP).
O estudo “As 10 melhores cidades para investir em franquias no Brasil” se valeu de dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e das empresas Economapas e Geofusion para compor o ranking, usando indicadores como taxas geométricas de crescimento da população e de renda entre 2010 e 2018, além do poder de compra da população.
“Avaliamos que, para ser considerada boa para investimento em franquias, uma cidade precisaria ter as duas taxas geométricas (de crescimento anual de renda e de população) positivas, pois isso indica que há população crescente e renda média domiciliar crescente”, disse Deborah Machado, consultora sênior da Goakira. É o caso de Campo Grande.
Os municípios com variáveis positivas, segundo Deborah, estão em fase de crescimento econômico ou não foram atingidos pela crise. A colocação considerou o potencial de consumo. “Entraram no ranking cidades que têm população e renda em expansão e maior quantidade de dinheiro disponível nos domicílios para serem gastos de forma variada”.
No ranqueamento das 27 capitais em relação ao saldo de emprego, baseado em dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) do Ministério da Economia em julho, Campo Grande figurou na nona posição nacional, à frente de Cuiabá (MT, 10ª) e do Rio de Janeiro (27ª).
Em alguns casos, municípios mostram decréscimo nos dois índices e, em outros, crescimento populacional e redução da renda –apontando que o poder de compra está em baixa e o consumidor tem revisto suas prioridades. No ranking nacional, sete das 10 cidades são capitais –outras, como Porto Alegre (RS), Salvador (BA), Brasília e Fortaleza (CE) ficaram fora do ranking justamente pela renda média em baixa.
Do potencial de consumo apurado em R$ 4,13 trilhões em 2018, mais da metade está concentrado no Sudeste, 35% no Nordeste e Sul, e 14% estão no Norte e Centro-Oeste. No ranking desta última região, Três Lagoas e Dourados aparecem em quinto e sexto lugar, respectivamente, destacando-se como polos industriais.