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Economia

Cliente é proibido de usar provador e Procon reforça direito a dinheiro de volta

Caso ocorreu na tarde desta quinta-feira na loja de artigos esportivos Centauro, em Campo Grande

Gabriel Neris | 09/07/2020 17:54
Provador de loja fechado quando ainda estava em vigor o decreto da prefeitura (Foto: Kísie Ainoã)
Provador de loja fechado quando ainda estava em vigor o decreto da prefeitura (Foto: Kísie Ainoã)

Pai, que não quis se identificar, foi na tarde desta quinta-feira (9) a loja de artigos esportivos Centauro no Shopping Norte Sul Plaza, em Campo Grande, acompanhando do filho. O menino queria experimentar uma calça para exercícios físicos, mas foi informado pela atendente que não poderia.

A atendente usou como justificativa o decreto da prefeitura que vetava o uso do provador durante a pandemia, entretanto, o decreto caiu no dia 25 de junho. O pai tentou lembrá-la sobre a mudança, mas a atendente foi irredutível.

“Se eu levar a calçada e meu filho não gostar, você vai me devolver o dinheiro?”, questionou o pai a funcionária. A resposta foi negativa e que ele só teria como opção trocar o produto.

Procurado pelo Campo Grande News, o superintendente do Procon-MS (Superintendência para Orientação e Defesa do Consumidor), Marcelo Salomão, afirmou que a loja pode proibir a entrada aos provadores por questão de saúde pública, entretanto classifica como prática abusiva se a loja não devolver o dinheiro do cliente.

“Eu compro uma calça, vou para casa, experimento e não gosto, volto para loja e não tem nenhum modelo que eu goste, a loja tem que a desistência e devolver o dinheiro”, explica.

Segundo Salomão, desde a mudança do decreto pelo menos cinco lojas da Capital foram denunciadas pela mesma situação, negar provador e afirmar que não poderá devolver o dinheiro. Porém, em todos os casos o Procon-MS foi acionado e conseguiu promover uma conciliação.

Também orienta que o consumidor que passe por essa situação entre no site do Procon-MS e faça a reclamação on-line (clique aqui), sem necessidade de procurar o órgão presencialmente.

A reportagem tentou entrar em contato com a Centauro, mas as chamadas telefônicas não foram atendidas, e também procurou a assessoria de imprensa, mas aguarda retorno.

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