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Economia

Clientes compram passagem, mas não conseguem embarcar em voo da Azul

Clientes relataram ao Campo Grande News que a informação é de que houve venda de bilhetes além do número de lugares da aeronave

Marta Ferreira e Clayton Neves | 25/05/2020 11:39
Balcão da Azul, já vazio, depois de grupo de passageiros ficar para trás, mesmo tendo passagens compradas. (Foto: Clayton Neves)
Balcão da Azul, já vazio, depois de grupo de passageiros ficar para trás, mesmo tendo passagens compradas. (Foto: Clayton Neves)

Imagine organizar viagem durante seis meses, um, enfrentar as dificuldades de concretizar o plano durante a pandemia de novo coronavírus, sair de casa, ir até o aeroporto e, na hora de embarcar, receber de volta a frase “não, você não vai poder embarcar”.  Isso aconteceu com grupo de passageiros do voo 5805, entre Campo Grande e o terminal de Viracopos, em Campinas, cidade grudada a São Paulo.

O relato feito ao Campo Grande News foi de que mais de 10 pessoas não conseguiram embarcar. A reportagem conversou com quatro passageiros que “ficaram para trás”.

Todas disseram que a explicação dada no balcão da empresa foi simples: houve a prática de overbooking, ou seja, a venda a mais de passagens do que lugares disponíveis na aeronave. “Disseram que não havia o que fazer”, resumiu Ruan Silva de Lima, de 23 anos, operador de caixa.

 “Isso é um transtorno muito grande”, traduziu. Ele contou que a viagem, cuja organização começou há seis meses, é para visitar parentes. Agora, só conseguirá embarcar na sexta-feira (29). Para ele, o transtorno foi menor por ser de Campo Grande. “Mas e quem não é daqui e estava só de passagem”, questiona?

Outro passageiro, que é da Bahia, mostrou-se bastante nervoso. Não houve tempo hábil nem de pegar a identificação dele. Estava entro no táxi, depois de direcionado para um hotel, à espera de encaixe em novo horário voo.

As outras duas pessoas, um casal, pediram para ter a identidade preservada. Tinham viagem marcada havia seis meses, para consulta médica. Só vão embarcar amanhã.

No balcão da Azul, a informação é de que apenas a assessoria de imprensa da companhia se manifestaria. O contato foi feito e ainda não houve resposta.

Contra a lei - O overbooking é uma prática ilegal. Viola tanto o Código Civil quando o Código de Defesa do Consumidor.

Cabe queixa à empresa o Procon e, ainda, processo de indenização na justiça.

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