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Economia

Clima frustra mais uma vez, mas safra de cana deve subir 11,7% em MS

Fabiano Arruda | 16/04/2012 17:01
 Clima frustra mais uma vez, mas safra de cana deve subir 11,7% em MS
Produção de cana-de-açúcar deve atingir 37,8 milhões de toneladas em 2012, mesmo com baixa prevista por conta do clima. (Foto: João Garrigó)

Mesmo com as adversidades climáticas como rivais pela quarta safra seguida, a produção de cana-de-açúcar em Mato Grosso do Sul deve aumentar 11,7% em relação ao ano passado.

O índice representa 37,8 milhões de toneladas de cana neste ano contra 33,8 milhões em 2011. A produção deve atingir 70 toneladas por hectare, enquanto a estimativa era de 85.

Mesmo com registro de perdas nas últimas quatro safras, a estimativa neste ano pode registrar recorde e representar 14,7 milhões de toneladas a mais que a safra 2009/2010, quando foram 23,1 milhões de toneladas.

“É bom? Não. Ainda vai ser um ano difícil para o setor”, disse o presidente da Biosul (Associação dos Produtores de Energia de Mato Grosso do Sul), Roberto Hollanda, durante a divulgação dos dados nesta segunda-feira na sede da entidade em Campo Grande.

Ao contrário do ano passado, quando as chuvas e geadas foram problemas, a estiagem é apontada como vilã para a baixa produtiva da cana em 2012.

Para este ano, em que a previsão de outono aponta dias secos e frios, Roberto Hollanda vê melhores perspectivas. “Estiagem e frio é bom para a gente, mas se tiver geada é ruim de qualquer forma”, comenta sobre a previsão do efeito climático mais temido no campo se repetir em 2012.

 Clima frustra mais uma vez, mas safra de cana deve subir 11,7% em MS
Presidente da Biosul, Roberto Hollanda, fala sobre perspectivas da próxima safra de cana em Mato Grosso do Sul. (Foto0: Divulgação)

Estimativa - Dentro da estimativa deste ano, a produção de etanol deve crescer 35% e passar de dois bilhões de litros; 430 milhões de litros são de álcool anidro, o que é misturado na gasolina.

A produção de açúcar deve aumentar 5% e chegar a 1,6 milhão de tonelada. O produto liderou as exportações do Estado até agora, segundo o presidente da Biosul.

Já a produção de bioeletricidade, voltada em sua maioria, para bancar os custos com energia das próprias usinas, deve crescer 18% em relação ao ano passado e chegar a 1.300 Gwh.

O setor deve gerar 3 mil novos empregos e atingir 32 mil neste ano. De acordo com Hollanda, dos novos postos, todos são fixos e não valem apenas para a safra, problema registrado no passado.

Segundo os dados divulgados pela Biosul, a região da grande Dourados representa 56% da produção de cana-de-açúcar em Mato Grosso do Sul, enquanto Iguatemi detém 18%. A área plantada aumento 5% e chegou a 648 mil hectares, sendo 540 mil para colheita.

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