ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
MAIO, SEXTA  10    CAMPO GRANDE 24º

Economia

Com caixa recheado, BNDES busca bons projetos para investir em 2017

Cristina Indio do Brasil, da Agência Brasil | 10/03/2017 21:17

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) pretende liberar neste ano o maior volume de créditos possível. A expectativa é do diretor da Área de Controladoria da instituição, Ricardo Baldin. Ele informou que o banco ainda não tem uma meta específica de desembolso, mas que há muitos recursos disponíveis e o objetivo é buscar bons projetos.

“Uma recuperação muito grande do mercado de ações em 2016 nos deu um ganho de R$ 20 bilhões por conta da valorização da Bolsa. Com isso, o patrimônio líquido do banco saltou de R$ 30 bilhões para R$ 55 bilhões. É um crescimento muito bom. Além disso, tivemos um crescimento do nosso patrimônio de referência, que chegou a R$ 135 bilhões”, disse Baldin.

De acordo com Baldin, existem recursos para aplicar no mercado, e o banco aguarda clientes que queiram investir no desenvolvimento do país. “Nosso objetivo, hoje, é dar cada vez mais crédito para ver a economia crescer, [com] mais empregabilidade e mais desenvolvimento, enfim, recuperar tudo aquilo que perdemos.”

Dinheiro disponível - Segundo Baldin, uma procura menor por financiamento em 2016 e o retorno de créditos concedidos no passado geraram um volume maior de recursos para o BNDES, que agora estão à disposição de quem quiser tomar empréstimo no banco. Ele informou que a maior parte dos projetos apresentados é das áreas de infraestrutura, agropecuária, saneamento e das micro, pequenas e médias empresas.

O diretor da Área de Controladoria do BNDES destacou que a indústria não tem demandado financiamentos, mas que a instituição está aberta a todos os setores. “Àquilo que for bom para a economia e nos der crescimento e empregabilidade, nós vamos dar atenção”, disse Baldin, lembrando que, na área de saneamento, os financiamentos ocorrem por meio de concessões.

“Estamos capitaneando o processo de concessão com várias cidades e, a partir da avaliação desses projetos, vamos estar, dentro das nossas políticas operacionais, concedendo os créditos para essas concessões”, indicou.

No ano passado, o BNDES teve um lucro líquido de R$ 6,40 bilhões, contra R$ 6,19 bilhões em 2015. Boa parte do resultado foi alcançada no quarto trimestre, quando o lucro líquido chegou a R$ 2,2 bilhões. No mesmo período do ano anterior tinha apresentando prejuízo de R$ 441 milhões.

Baldin afirmou que está ansioso pelo desempenho do banco neste ano, para ver a economia crescer, conceder crédito para quem pode gerar emprego e melhorar os aspectos sociais do país.

Sinais positivos - Comentando a economia do país, Baldin disse que “os sinais são positivos. Tivemos uns meses meio parados, mas agora a economia está crescendo e temos recebido mais pessoas, mais consultas, mais pedidos. Segundo ele, a estratégia do banco tem sido aproximar-se mais dos possíveis clientes.

“Nossos profissionais estão saindo e trazendo pessoas. Estamos trabalhando muito com os repassadores. Temos contato com eles para que acelerem os processos de concessão e trabalhem em cima do financiamento e capital de giro para melhorar as condições da empresa de manter e aumentar a empregabilidade”, destacou.

De acordo com Baldin, o BNDES também tem procurado reduzir o prazo de análise de projetos para concessão de financiamentos, cuja média hoje é de 180 dias. “Vamos buscar cada vez mais diminuir esse prazo, de forma a atender mais rapidamente as demandas de crédito na economia”, assegurou.

Patrimônio - Em 2016 o patrimônio líquido do sistema BNDES cresceu 78% em relação ao ano anterior, alcançando R$ 55,2 bilhões em dezembro. O resultado foi reforçado pela alta de R$ 28,1 bilhões da carteira de ações do banco, embalada pelo forte desempenho da Bolsa, especialmente no segundo semestre.

Já o patrimônio de referência, que determina a capacidade de financiamento do banco, teve uma elevação de 42,8%, chegando a R$ 135,62 bilhões. De acordo com o BNDES, isso permitiu que o índice de Basileia [que representa o montante de capital próprio que a instituição deve dispor para cobrir riscos de possíveis perdas], que em 2015 tinha ficado em 14,7%, tenha subido para 21,7%. Bem acima dos 10,5% exigidos pelo Banco Central.

Nos siga no Google Notícias