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Economia

Companhia dona de usina em MS tem falência decretada pela Justiça de SP

Ricardo Campos Jr. | 13/07/2017 09:13
Unidade do grupo Infinity em Naviraí (Foto: arquivo)
Unidade do grupo Infinity em Naviraí (Foto: arquivo)

A Justiça de São Paulo decretou a falência do grupo sucroalcooleiro Infinity Bio Energy, do empresário Natalino Bertin, condenado por lavagem de dinheiro pela Lava Jato. Uma das usinas que pertenciam à companhia fica em Naviraí, a 366 quilômetros de Campo Grande. Durante a tentativa de recuperação judicial, a unidade passou a ser controlada por credoras.

Segundo informações do Valor Econômico, a empresa abriu mão da planta sul-mato-grossense como estratégia para reduzir o montante de dívidas, que na época girava em torno de R$ 2 bilhões. Os gestores fizeram o mesmo com a baiana Ibirálcool. Dessa forma, os débitos caíram pela metade, mas nem assim a companhia foi capaz de quitá-los.

Fora do controle dos Bertin, chegou a ser anunciada a reabertura da unidade em Naviraí. A indústria chegou a arrendar áreas de produtores e existe ainda hoje uma equipe de manutenção trabalhando, mas a atividade ainda não foi retomada, como havia sido anunciado.

Durante a recuperação judicial permaneceram sob o controle do grupo quatro fábricas, que também deixaram de operar e gerar receitas. A empresa manteve apenas seguranças para evitar danos às estruturas do local. Dessas, três também deveriam ter sido vendidas: a Alcana, localizada em Nanuque (MG); a Disa, em Conceição da Barra (ES); e a Cridasa, em Pedro Canário (ES).

Contudo, segundo o Valor Econômico, os credores não retiraram o gravame da alienação fiduciária, travando o processo de transferência.

Somente com o leilão da Disa, a empresa pretendia obter R$ 30 milhões para quitar dívidas trabalhistas. Com as demais seria possível pagar os demais débitos, mas sem recursos, acabaram vencendo os prazos.

O plano previa que os Bertin ficariam com a usina Cepar, em São Sebastião do Paraíso (MG), e com os canaviais da Cridasa, para manter as atividades econômicas, mas ela também deixou de operar.

Questionada pelo juiz da Vara de Falências paulista, a empersa afirmou que não teria recursos e que a única forma de efetuar os pagamentos seria alienando as usinas. Cabe recurso à decisão que decretou a falência. Agora, as unidades que ainda pertenciam ao grupo farão parte de uma massa falida que será a administrada por uma empresa chamada Deloitte.

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