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Economia

Cooperativa avança e Campo Grande é a capital com mais agências da Sicredi

Cooperativa de crédito inaugura 16º ponto de atendimento presencial na cidade dentro de plano de expansão que já reúne mais de 200 mil associados em MS

Humberto Marques | 04/07/2018 21:10
Figueira destacou que Sicredi já contabiliza mais de 200 mil associados no Estado. (Foto: Divulgação)
Figueira destacou que Sicredi já contabiliza mais de 200 mil associados no Estado. (Foto: Divulgação)

A inauguração da 16ª agência da Sicredi na rua Ceará, em Campo Grande, faz desta a capita brasileira com o maior número de unidades de atendimento do gênero, da instituição, no Brasil. E que integra um planejamento da cooperativa de crédito que vai até 2020, alicerçado no potencial econômico da cidade e de Mato Grosso do Sul, segundo informou o presidente da Sicredi Brasil Central, Celso Figueira, que nesta quarta-feira (4) esteve na Capital para inaugurar a agência física.

“Todas as nossas cooperativas têm um planejamento estratégico para cumprir, seja no crescimento, desenvolvimento, abertura de novas agências, aumento no número de associados, automação e prestação de serviços no modo geral. Tudo é planejado. Vivemos neste momento algo que começou há três anos e termina em 2020”, explicou, durante visita ao Campo Grande News nesta tarde.

Figueira afirma que a abertura da agência é mais do que “abrir as portas e deixar os cooperados entrarem”, integrando um projeto de ampliação de uma filosofia que, hoje, compreende 3,5% do mercado financeiro brasileiro –mas que tem metas ambiciosas. De fato, o sistema de cooperativas de crédito experimenta uma expansão considerável: só neste ano, a Sicredi abrirá mais seis agências no Estado, já superou em mais de 100 o total de postos de atendimento no Centro-Oeste e em 1.500 no país.

Mesmo operando com todos os produtos e serviços que um banco comum oferece, as cooperativas de crédito não podem usar a terminologia, justamente por conta de uma diferença fundamental no sistema de gestão. “Somos, por excelência, por princípio de formação, uma sociedade de pessoas, enquanto as demais instituições financeiras são uma sociedade de capital”, afirmou o presidente da Sicredi Brasil Central.

Como “sociedade de pessoas”, frisou Figueira, cada cooperado, “independentemente do número de cotas ou saldo médio de aplicação, cada um, de forma igualitária, tem um voto nas decisões que essa sociedade precisa tomar. Nosso sistema cooperativo funciona muito bem”.

Agência Ceará é a 16ª da Sicredi em Campo Grande, capital com o maior número de postos de serviço da cooperativa. (Foto: Divulgação)(
Agência Ceará é a 16ª da Sicredi em Campo Grande, capital com o maior número de postos de serviço da cooperativa. (Foto: Divulgação)(

Participação – Outro resultado envolve os resultados dessa associação. “Fomentamos o desenvolvimento da sociedade. Ao fim de cada ano, os resultados da cooperativa têm de ser obrigatoriamente investidos onde foram gerados”, explicou. Assim, os recursos voltam para a cidade “em forma de devolução dos resultados que o associado ajudou a gerar”.

Embora sejam várias, as cooperativas seguem normas deliberadas pelas suas centrais regionais, que por seu turno integram a Sicredi Participações S.A. onde, frisou Figueira, não circulam ativos financeiros, “e são tomadas apenas as decisões administrativas a serem seguidas”. Isso garante uniformidade nas operações entre as diferentes cooperativas –na Capital, por exemplo, atuam a Sicredi União MS-TO e a Sicredi Campo Grande, por sua vez ligadas à Sicredi Brasil Central.

Base – Só em Mato Grosso do Sul a Sicredi contabiliza mais de 200 mil cooperados, abrigados em 64 agências de cooperativas ligadas à Brasil Central (que responde também por Goiás, Distrito Federal e Tocantins). “Pelo desenvolvimento do Estado, da Capital, há oportunidades para fazermos grandes negócios aqui”, destacou.

Aos interessados, ele reforça o que a Sicredi tem a oferecer. “Um tipo de sociedade diferente do convencionalmente proposto pelos meios econômicos de administração financeira; e participar de uma sociedade econômica e financeira sólida, com garantias de um fundo garantidor das cooperativas e de fundos internos próprios, com todos os produtos e serviços que a rede convencional oferece e estão disponíveis: produtos do BNDES, passando pelo FCO (Fundo Constitucional do Centro-Oeste), financiamento de crédito rural, de pequenas e microempresas, cartão de crédito. Tudo isso faz com que as pessoas busquem a Sicredi com desejo de participar da sociedade, do novo, administrar de forma diferente recursos da comunidade”.

A meta de trabalho, conforme Celso Figueira, é permitir que um dia o sistema de cooperativas financeiras se equipare ou supere as demais instituições financeiras quanto ao espaço de mercado.

“Sempre trabalhei em cooperativas. Disse em 1992, quando fizemos um congresso, que estávamos fazendo cooperativismo para nossos filhos e netos. Hoje o meu neto tem 18 anos e é um dos sócios da Sicredi que opera qualquer produto que temos. É para esse público que trabalhamos. É um sonho, somos 3,5% do sistema financeiro brasileiro, temos muito para andar pela frente”, complementou.

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