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Economia

Crise: indústrias de MS propõem redução de jornada

Redação | 29/01/2009 13:48

Sindicatos laborais de Mato Grosso do Sul já começam a receber propostas de redução de jornada e salários. O argumento do setor industrial é que a crise econômica mundial implica na necessidade de enxugar os custos.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Alimentação de Campo Grande e Região, Rinaldo de Souza Salomão, afirma que recebeu proposta da Fiems (Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul) para redução da jornada de trabalho e dos salários em 25%.

Outro pedido feito pelo setor industrial, para atravessar o momento de crise, é de prazo de 12 meses para utilização das horas dos bancos de horas e prorrogação da convenção coletiva por seis meses, mantendo as cláusulas atuais e sem reajuste de salário, respeitando o piso do salário mínimo. A redução de salário em 25%, proposta pelas indústrias, leva em conta que ninguém poderá receber abaixo do mínimo.

Rinaldo Salomão disse que será convocada uma assembléia para discutir o assunto. "Não tomaremos nenhuma decisão precipitadamente. O assunto é delicado e precisamos avaliar bem que rumo iremos tomar", comentou.

O sindicalista disse que vai solicitar mais informação sobre a crise para "evitar que alguns segmentos que não estão atravessando dificuldades, acabem procurando tirar proveito desse quadro econômico que se instalou no Brasil e no mundo". Ele afirma que é preciso saber a real situação dos diversos segmentos da indústria de alimentação de Mato Grosso do Sul.

Segundo o sindicato, as reivindicações da Fiems estão previstas na Lei. A redução de jornada e de trabalho, por exemplo, de acordo com a Lei 4923 de 23 de dezembro de 1965, em seu artigo 2º, a redução em até 25% é possível em situações em que a conjuntura econômica obrigue, em caráter transitório.

Em Corumbá, o sindicato laboral aceitou a proposta da Vale do Rio Doce, que propôs uma licença remunerada para não demitir.

Neste caso o pagamento fica reduzido a 50% do salário-base, sendo assegurado o mínimo de R$ 856,00. Benefícios como assistência médica, cartão alimentação e creche ficam assegurados.

No ano passado centenas de trabalhadores do setor perderam os empregos entre os frigoríficos Campo Oeste, em Campo Grande, Estrela do Norte, em Ribas do Rio Pardo e do Diplomata, também na Capital.

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