Dólar fecha em alta a R$ 5,44 e mercado acompanha tarifaço dos EUA
Moeda reage à tensão comercial; bolsa recua e governo prepara plano contra tarifas

O dólar comercial subiu 0,14% nesta segunda-feira (11), fechando a R$ 5,44. A alta ocorreu em meio à expectativa pelas medidas do governo para responder à tarifa de 50% imposta pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros. A valorização refletiu também declarações do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo.
RESUMO
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Dólar encerra o dia em alta, cotado a R$ 5,44, influenciado pela expectativa do mercado em relação à resposta do governo brasileiro à tarifa de 50% imposta pelos Estados Unidos sobre produtos nacionais. O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores, recuou 0,21%, fechando em 135.623 pontos, pressionado pelo impasse comercial entre os dois países. Governo brasileiro articula pacote de medidas para minimizar os impactos da tarifa americana, com previsão de anúncio até terça-feira. Declarações do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, sobre a tarifa como "oportunidade de proteção", e a manutenção da Selic em patamar elevado para conter a inflação, também repercutiram no mercado. Relatório da Moody’s Analytics estima impacto de 0,2% no PIB brasileiro devido à tarifa, mas aponta para possível compensação com o aumento das exportações para a China. Boletim Focus reduziu projeção da inflação para 2025 e do PIB para 2,21%.
O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores, encerrou o dia com queda de 0,21%, aos 135.623 pontos. Investidores reagiram ao cenário externo e à percepção de risco interno, com destaque para o impasse comercial entre Brasil e Estados Unidos.
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O governo federal pretende anunciar até esta terça-feira (12) um pacote de medidas para mitigar o impacto do "tarifaço". A proposta está sendo discutida entre ministérios e deverá incluir ações de contingência para proteger empresas exportadoras.
No mercado financeiro, a fala de Galípolo ganhou atenção. Ele afirmou que o tarifaço pode representar uma “oportunidade de proteção” devido à menor dependência comercial do Brasil, mas alertou para o risco de freio na economia. O presidente do BC reforçou que a Selic continuará em nível restritivo para conter a inflação.
Relatório divulgado pela Moody’s Analytics estimou que as tarifas dos EUA podem reduzir o PIB brasileiro em 0,2%. Apesar disso, a instituição avalia que o aumento das exportações para a China pode amenizar os efeitos negativos.
O Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira pelo Banco Central, mostrou redução da projeção de inflação para 2025 pela 11ª semana seguida. A estimativa para o PIB caiu de 2,23% para 2,21%, enquanto a previsão da Selic permanece em 15% ao ano.
No exterior, Wall Street fechou em baixa após Donald Trump (Republicano) prorrogar por 90 dias a trégua tarifária com a China. Investidores aguardam os dados de inflação dos Estados Unidos, que podem influenciar a decisão do Federal Reserve sobre juros na reunião de setembro.
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