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Economia

Dólar sobe com investidor à espera de semana 'cheia' na política

Niviane Magalhães (Estadão Conteúdo) | 23/06/2017 18:29

À espera da próxima semana, que promete ser recheada de acontecimentos políticos importantes, o investidor operou na defensiva na tarde desta sexta-feira, 23. Certo alívio foi visto em alguns momentos do dia em decorrência da recuperação dos preços do petróleo, que contribuiu de forma generalizada para as moedas de países ligados à commodity, além de o dólar recuar mundo afora em meio à percepção de que será cada vez mais difícil o Federal Reserve (Fed) elevar novamente os juros ainda neste ano.

Ainda que não haja novidades no âmbito político, a cautela voltou a pesar no dólar, que zerou as mínimas obtidas até o início da tarde, e terminou em leve alta. "Houve certo alívio, mas o quadro político segue comprometendo o fluxo. Semana passada tivemos a maior saída do ano e hoje o dia foi de espera pela próxima semana", disse o diretor da corretora Mirae, Pablo Spyer.

Segundo ele, o mercado está de olho em quatro pontos importantes Em primeiro lugar, o investidor segue no aguardo das denúncias que a Procuradoria-Geral da República (PGR) poderá apresentar contra o presidente Michel Temer; além disso, na quarta-feira (28), deverá ser apresentado e votado o relatório sobre a reforma trabalhista na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, após o governo ter tido revés esta semana na Comissão de Assuntos Sociais (CAS); e os possíveis depoimentos do ex-assessor especial de Temer Rodrigo Rocha Loures e novas falas do doleiro Lúcio Funaro.

"Tudo será monitorado para ver o tamanho do impacto nas reformas O revés da trabalhista na CAS gerou preocupação e, além disso, o Banco Central acendeu um alerta ao dizer que pode reduzir o corte de juros devido a incertezas políticas", avaliou o diretor de câmbio da Abrão Filho, Fernando Oliveira.

No âmbito externo, depois de um sobe e desce durante a manhã, o petróleo conseguiu fechar em alta, após uma semana negativa. Além disso, o dia foi de queda generalizada para a moeda norte-americana mundo afora. De acordo com operadores, está cada vez menor a chance de o Fed elevar os juros neste ano nos EUA, que atualmente está entre 1,00% e 1,25%.

A possibilidade maior está em dezembro, com 45%, de acordo com dados compilados do CME Group. Ainda assim, a chance acima de 50% aparece apenas no mês de março de 2018. Um dos motivos para esta percepção é a fraqueza do petróleo, que tende a pressionar para baixo cada vez mais na inflação do país.

No mercado à vista, o dólar terminou em alta de 0,03%, aos R$ 3,3409. O giro financeiro registrado somou US$ 1,29 bilhão. Na mínima ficou em R$ 3,3268 (-0,39%) e, na máxima, aos R$ 3,3430 (+0,08%). No mercado futuro, o dólar para julho subiu 0,03%, aos R$ 3,3480. O volume financeiro movimentado totalizou US$ 12,05 bilhões. Durante o pregão, a divisa oscilou de R$ 3,3232 a R$ 3,3500.

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