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Economia

Em quarentena e os boletos vencendo? Saiba o melhor a fazer agora

Fuja dos empréstimos, pague seus boletos em dia e use reservas se tiver, indicam os especialistas nesta economia de guerra

Rosana Siqueira | 23/03/2020 14:23
Consumidor deve pagar suas contas mas evitar emprésitmos neste momento de crise na economia
Consumidor deve pagar suas contas mas evitar emprésitmos neste momento de crise na economia

Você está em casa, confinado e com a geladeira cheia. Em quarentena, como pregam as autoridades de saúde, mas os boletos não param de chegar. E aí o que fazer? Partir para os empréstimos, ignorar as faturas, como manter a sanidade neste momento?

Economistas ouvidos pelo Campo Grande News indicam que o melhor a fazer é evitar os gastos desnecessários. Comprar o básico (alimentos, bebidas e remédios, se preciso) e  jamais se endividar e pegar empréstimos neste momento. E mais pague sim suas faturas de serviços essenciais e evite o limite de cheque especial. Ou seja não faça loucuras!

Não faça loucuras - “Temos um monte de gente oferecendo empréstimos neste momento. Eu mesmo recebi ofertas. Mas tome cuidado pessoal. Muitos estão desesperados porque caiu a fonte mais costumeira de captação e agora todo mundo quer vender. Começa daí o problema”, alerta o economista da Associação Comercial de Campo Grande Normann Kalmus.

Ele explica que no empréstimo começa o problema. “Não é indicado neste momento pegar empréstimo nenhum. Ontem a tarde o BNDES publicou uma lista extensa de ações para facilitar a vida das empresas. E além da Selic ter caído vai ter pressão muito grande para que contas sejam postergadas, Mas parem deixem de loucura. Não façam nada neste momento”, recomendou.

No início da semana passada, os cinco maiores bancos brasileiros anunciaram que vão prorrogar por 60 dias os vencimentos de dívidas de clientes pessoas físicas e jurídicas. Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica, Itaú Unibanco e Santander querem amenizar os efeitos negativos da pandemia no emprego e na renda.

Mas essa medida não vale para cheque especial e cartão de crédito. Então, se você está pensando em deixar o pagamento da fatura do cartão e do cheque especial para depois, não faça isso.

O economista explica que quando a pandemia passar “isso não sabemos quando” mas a economia deve voltar ao normal. “Vão existir linhas de financiamento especiais e em condições melhores”, afirmou.

Kalmus alega ainda que no caso das empresas estas devem sim se  preparar para pagar a folha de pagamento. “Se não pagarmos, se não tomarmos cuidado, vamos gerar problemas também na economia, que precisa continuar. Ou seja a coisa mais séria neste período para a empresa é pagar a folha”, adiantou.

Para as pessoas físicas o momento é de guardar dinheiro (quem tiver é claro). Do contrário evite gastar com superflúos. “Preserve seu caixa se for  empresa e reduza seu gasto de for pessoa física. Não sabemos as condições que teremos ao sair desta pandemia”, frisou.

“Por isso a dica é preserve o caixa. Não faça empréstimos neste momento pois as coisas serão diferentes depois. E se for empresa e quiser empréstimo que seja para priorizar a folha de pagamento”, complementou.

Básicas -  O economista Rodrigo Guerra diz para não comprar nada além das necessidades básicas. “É comida e bebida, somente as necessidades básicas”, adiantou. Ele ainda orienta que o consumidor pague as dívidas que tem mas não adquira novas. E mais sabe aquela sua reserva? Previdência, Poupança. Pois é hora de usar. "Quem tem poupança previdência, ao invés de pagar juro use sua reserva. Porque pagar juros é mais alto do que sua reserva. Espere a onda passar!", alertou.

As taxas de juros do cheque especial e do cartão de crédito são exorbitantes. Para se ter uma ideia, os juros do cheque especial ficaram em 165,6% ao ano, em janeiro de 2020. Já o juro médio do rotativo do cartão de crédito fechou janeiro em 316,8% ao ano. Ou seja, uma vez que se entra nessa bola de neve, fica difícil sair. Ainda mais nesse momento de crise mundial que estamos passando.

"Quem conseguir passar esta fase, deverá ter uma ascensão abrupta em seguida", prevê o economista. A gente também torce por isso.

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