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Economia

Exportação de milho dispara, mas balança comercial cai US$ 200 milhões

Saldo acumulado entre janeiro e setembro de 2019 é de US$ 2,264 bilhões e houve redução nas exportações de soja

Tainá Jara | 15/10/2019 14:13
A exportação do milho disparou e teve aumento de 337,15% em relação ao mesmo período do ano passado (Foto: arquivo)
A exportação do milho disparou e teve aumento de 337,15% em relação ao mesmo período do ano passado (Foto: arquivo)

De janeiro a setembro de 2019, Mato Grosso do Sul acumula um saldo de US$ 2,264 bilhões na balança comercial. O valor é menor em relação ao mesmo período do ano passado que foi de 2,461 bilhões, porém houve crescimento nas exportações de celulose, milho, carne bovina e algodão. A exportação do milho disparou e teve aumento de 337,15% em relação ao mesmo período do ano passado, mas a soja caiu significativamente.

Os valores constam na Carta de Conjuntura do Setor Externo do mês de outubro, publicada pela Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar), nesta terça-feira.

O secretário Jaime Verruck, da Semagro, destaque a expansão nas exportações de milho, com 337,15% de aumento em relação ao mesmo período do ano passado. “Tivemos uma safra recorde de 12 milhões de toneladas e o governo fez uma flexibilização, permitindo o aumento das vendas externas. O resultado foi que nós estamos exportando mais de 1,6 milhão de toneladas neste ano, com crescimento substancial em relação à produção e às exportações do ano passado”, comentou.

A celulose se mantém como primeiro produto na pauta de exportações, representando 37,8% do total exportado em termos do valor. Também registrou aumento nos valores negociados (7,99%) e em volume (7,39%), em relação ao mesmo período no ano passado. Embora haja uma queda de 43,93% nas exportações de soja, o grão ainda configura como segundo produto da pauta, correspondendo a 24,14% do total exportado de janeiro a setembro de 2019.

Com relação à soja, o titular da Semagro lembra que houve uma redução significativa nas exportações. A queda foi de 43,91% em relação ao ano passado. Segundo ele, a redução tem como consequência uma diminuição na demanda mundial e também pelo aumento do processamento interno do grão em Mato Grosso do Sul. “Em novembro será inaugurada uma nova fábrica de soja, em Dourados e no ano que vem vamos inaugurar mais uma. A tendência é de que o Estado reduza as exportações de grãos aumentando a exportação de farelo”.

Outros destaques no resultado acumulado de janeiro a setembro deste ano foram o aumento nas exportações de carne bovina e do algodão. “A carne bovina teve um crescimento de 20,76% em relação ao ano passado. Ainda há espaço para crescer e isso deve ocorrer em função da habilitação de frigoríficos para o comércio com os Estados Unidos, Japão e China. No algodão, nós tivemos uma excepcional safra. O volume de exportações ainda é pequeno relação às outras culturas, mas o crescimento foi significativo, de 17%. Isso mostra o Estado muito bem posicionado no mercado internacional”, comentou o secretário.

A China continua sendo o maior destino das exportações com 42% com crescimento das exportações para os Estados Unidos e Japão. Em termos regionais, Três Lagoas segue como principal município exportador com 50,39% do total exportado seguido por Campo Grande com 9%. “A celulose hoje representa 42% das exportações, fazendo com que o município de Três Lagoas se destaque, já que toda a indústria de celulose do Estado se concentra no município”, finalizou Jaime Verruck.

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