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Economia

Falta de investimentos motivou suspensão de benefício fiscal da Marfrig

Decreto foi publicado no Diário Oficial do Estado desta quarta-feira. Empresa é investigada pela Polícia Federal na Lama Asfáltica

Gabriel Neris e Silvia Frias | 19/12/2018 14:04
Unidade da Marfrig em Paranaíba (Foto: Sindicato Rural de Paranaíba)
Unidade da Marfrig em Paranaíba (Foto: Sindicato Rural de Paranaíba)

A falta de investimentos em compromissos firmados junto ao governo do Estado motivou a suspensão do benefício fiscal concedido ao frigorífico Marfrig Global Foods, companhia de alimentos a base de proteína animal com unidade nos municípios de Bataguassu e Paranaíba.

Segundo a Semagro (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar), a empresa não cumpria o Termo de Acordo nº 118/2007, onde a Marfrig se comprometia em implantar uma fábrica de biodiesel.

“Como esse investimento não ocorreu, a empresa não usufruiu dos benefícios fiscais previstos”, diz trecho da nota encaminhada pela Semagro ao Campo Grande News.

Procurada, a Marfrig confirmou que o o cancelamento se deve ao projeto de 2007 que previa a fábrica de biodiesel em Bataguassu.“Por decisão da empresa, o projeto nunca foi implantado. Assim, acertadamente, o governo do Estado cancelou o incentivo, que jamais foi efetivado”, respondeu a empresa.

A companhia ainda informou que o cancelamento não provocará qualquer impacto na companhia.

O decreto com o cancelamento dos benefícios fiscais foi publicado na edição desta quarta-feira (19) do Diário Oficial do Estado, assinado pelo titular pasta, secretário Jaime Verruck.

Em novembro, a Marfrig foi citada por possível envolvimento em esquema de pagamento de propinas em troca de incentivos tributários, investigada pela Polícia Federal na Lama Asfáltica.

No dia 29 de novembro deste ano, a PF deflagrou a Operação Computadores de Lama, desdobramento da Lama Asfáltica, que investiga desvio de recursos públicos, superfaturamento de contratos e concessão de benefícios fiscais em troca de propina.

Na 6ª fase, o grupo JBS e a Marfrig aparecem como pagadores de propinas em troca de incentivos fiscais, mas as empresas são investigadas pela PF em fases anteriores. Na Papiros de Lama, os frigoríficos foram citados pelo pecuarista Ivanildo Miranda, delator da Lama Asfáltica, que disse operar como elo entre as empresas e o então governador André Puccinelli (MDB) para repasse de propina.

Matéria editada às 16h06 para acréscimo de informações

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