Finanças melhoram, mas 51 mil ainda não têm condições de pagar dívidas
Parcela aumentou 29% na comparação com mesmo período do ano passado
O campo-grandense sinaliza melhora na regularização das contas, mas a quantidade dos que não têm dinheiro para quitar os débitos ainda permanece elevada. De acordo com a Peic (Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor), 51.158 pessoas terminaram setembro sem condições de pagar as dívidas em atraso. O número é 4,35% menor que o do mês anterior, mas é 29,34% maior que o de igual período de 2016.
A pesquisa, realizada pela CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo) e divulgada nesta quinta-feira (05) pela Fecomércio/MS (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Mato Grosso do Sul), mostra que houve acréscimo de 11.607 consumidores sem condições de pagar as contas.
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Apesar desse incremento, há indicativos de melhora das finanças das famílias campo-grandenses. Em agosto, a quantidade dos que não podiam quitar os débitos somava 53.486 pessoas. Ou seja, em setembro, saíram dessa relação 2.328 consumidores.
A inadimplência também é menor, o que se relaciona à retração da quantidade de pessoas que fazem dívidas – situação que pode ser decorrente da redução do volume de compras.
Em setembro, o número de inadimplentes era de 90.092, queda expressiva de 15% em comparação a agosto (106.030). São 15.851 consumidores a menos. Frente a setembro de 2016, a quantidade ficou praticamente estagnada: são 87 pessoas a menos ou variação de -0,09%.
O universo inadimplente menor acompanha a parcela retraída de endividados (consumidores que comprometem parte do orçamento com compras a prazo, mas não estão com as contas em atraso). Em setembro, eram 161.083 endividados, redução de 9,38% em relação a igual mês de 2016 (177.773) e 8,73% inferior a de agosto deste ano (175.799).
No mês passado, a maior parte das dívidas dos campo-grandenses correspondeu a cartão de crédito (63,1%). Na sequência, entre os principais tipos de débitos, estão: carnês (25%). Financiamento de carro (13%), financiamento de casa (10,6%) e crédito pessoal (10,5%).
Os dados da pesquisa de setembro foram coletados nos últimos dez dias de agosto.