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Economia

Inflação de agosto atinge 0,49%, o triplo do índice de julho

Marta Ferreira | 05/09/2012 10:16
Preço das carnes foi um dos fatores que impulsionaram a inflação. (Foto: Arquivo)
Preço das carnes foi um dos fatores que impulsionaram a inflação. (Foto: Arquivo)

De julho para agosto, a inflação triplicou em Campo Grande, segundo o IPCG (Índice de Preços ao Consumidor), divulgado hoje. O índice ficou em 0,49%, contra 0,15%.

A inflação acumulada neste ano de 2012 é de 2,98% e, nos últimos 12 meses é

de 5,27%, ultrapassando o centro da meta estabelecida pelo CMN (Conselho Monetário Nacional), que para o ano de 2012 é de 4,5%. A tendência para este ano de 2012 é que a inflação acumulada na cidade de Campo Grande fique dentro da meta estabelecida pelo CMN, que é de 4,5% ± 2%, isto é, até 6,5%.

E nos próximos meses, deve continuar assim. “A tendência é de que continue em alta nos próximos meses”, avalia Celso Correia de Souza, coordenador do núcleo de pesquisa da Universidade Anhanguera-Uniderp, que faz o cálculo do IPC.

Souza explica porque houve um índice tão maior em agosto em referência a julho.“Tivemos o reflexo do aumento de energia elétrica ocorrido no mês anterior. Também começamos a sentir os efeitos da forte estiagem que ocorre atualmente no estado de Mato Grosso do Sul, influenciando, principalmente, os preços das carnes bovinas”, comenta. “Por último, os reflexos da grande seca que assola o Meio Oeste Americano começam a serem sentidos, com perdas elevadas de milho e soja, que refletem nos preços das rações, incrementando os preços das carnes suínas e de aves”, completa Souza.

Por setores- Os grupos que mais contribuíram para a elevação da inflação foram: Alimentação 1,16%, Habitação 0,74% e Educação 0,35%. Já os grupos que tiveram queda foram: Vestuário com (-1,15%) e Despesas Pessoais (-0,61%). O grupo Habitação apresentou uma forte elevação devido aos aumentos dos seguintes produtos: esponja de aço 7,69%, energia elétrica 3,58% e DVD 1,90%.

“Com a entrada no mercado do boi gordo de confinamento, os preços tendem a subir, motivados pelos altos custos da ração e hospedagem dos animais. Com as grandes perdas de milho e soja ocorridas no Meio Oeste Americano, a situação daqui para o final do ano pode se agravar ainda mais, com fortes aumentos no setor de carnes em geral. As carnes de aves e suína também começaram ter fortes altas”, comenta o pesquisador da Universidade Anhanguera-Uniderp, José Francisco Reis Neto.

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