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Economia

Inflação desacelera e mercado vê IPCA dentro da meta em 2025, aponta Focus

Previsão cai pela quinta semana seguida; Selic segue em 15% ao ano e BC mantém cautela sobre cortes

Por José Cruz | 15/12/2025 10:00
Inflação desacelera e mercado vê IPCA dentro da meta em 2025, aponta Focus
A estimativa para o IPCA em 2025 recuou de 4,4% para 4,36%, mantendo a trajetória de desaceleração pela quinta semana consecutiva.Marcello Casal jr/Agência Brasil

A previsão do mercado financeiro para a inflação oficial do país voltou a cair. Segundo o boletim Focus divulgado nesta segunda-feira (15) pelo Banco Central, a estimativa para o IPCA em 2025 recuou de 4,4% para 4,36%, mantendo a trajetória de desaceleração pela quinta semana consecutiva.

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A previsão do mercado financeiro para a inflação oficial do Brasil em 2025 recuou de 4,4% para 4,36%, mantendo tendência de queda pela quinta semana consecutiva. Com essa projeção, o índice se enquadra dentro da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional, que permite variação entre 1,5% e 4,5%.Apesar dos sinais positivos na inflação, a taxa Selic permanece em 15% ao ano, maior patamar desde 2006. O mercado projeta que a taxa básica de juros encerrará 2026 em 12,13%, com reduções graduais nos anos seguintes. Para o PIB, a expectativa é de crescimento de 2,25% em 2025, desacelerando para 1,8% em 2026.

Com isso, a projeção passa a ficar dentro do intervalo da meta de inflação definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 3%, com tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo — ou seja, entre 1,5% e 4,5%.

Para os próximos anos, o mercado também reduziu as expectativas. A inflação prevista para 2026 caiu de 4,16% para 4,1%. Em 2027 e 2028, as projeções são de 3,8% e 3,5%, respectivamente.

Apesar da tendência de queda, a inflação de novembro acelerou, passando de 0,09% em outubro para 0,18%, influenciada principalmente pelo aumento das passagens aéreas. Ainda assim, o IPCA acumulado em 12 meses ficou em 4,46%, dentro do limite estabelecido pelo CMN.

Selic segue no maior nível desde 2006

Mesmo com a inflação dando sinais de alívio, a taxa básica de juros continua elevada. A Selic está mantida em 15% ao ano, patamar definido pelo Comitê de Política Monetária (Copom) e que não é alterado há quatro reuniões consecutivas.

Em comunicado recente, o Banco Central afirmou que o cenário ainda é de grande incerteza, o que exige cautela na condução da política monetária. Por isso, não sinalizou quando deve iniciar o ciclo de cortes nos juros.

A taxa atual é a mais alta desde julho de 2006, quando chegou a 15,25% ao ano. Após ter sido reduzida para 10,5% em maio do ano passado, a Selic voltou a subir a partir de setembro de 2024, alcançando os 15% em junho deste ano.

A expectativa do mercado é que a Selic termine 2026 em 12,13% ao ano. Para 2027 e 2028, a previsão é de novas reduções, para 10,5% e 9,5%, respectivamente.

PIB cresce, mas ritmo deve desacelerar

O boletim Focus também manteve a projeção de crescimento da economia brasileira em 2,25% para 2025. Para 2026, a estimativa é de avanço mais modesto, de 1,8%. Em 2027 e 2028, o mercado prevê crescimento de 1,83% e 2%.

No segundo trimestre deste ano, o PIB avançou 0,4%, puxado principalmente pelos setores de serviços e indústria. Em 2024, a economia brasileira fechou com crescimento de 3,4%, o quarto ano seguido de alta e o melhor desempenho desde 2021.

Dólar deve fechar ano a R$ 5,40

A previsão para o câmbio permaneceu estável. Segundo o mercado financeiro, o dólar deve encerrar este ano cotado a R$ 5,40. Para o fim de 2026, a expectativa é de leve alta, com a moeda norte-americana chegando a R$ 5,50.