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Economia

Justiça troca empresa que cuidava da recuperação da rede São Bento

Ricardo Campos Jr. | 18/07/2016 19:28
Rede de farmácias pediu recuperação judicial em 2015 (Foto: Marcelo Calazans / arquivo)
Rede de farmácias pediu recuperação judicial em 2015 (Foto: Marcelo Calazans / arquivo)

A Justiça substituiu a empresa que supervisionava a recuperação judicial da rede de farmácias São Bento. Conforme a decisão, disponível na edição de terça-feira (19) do diário oficial do órgão, a CPA Consultores e Peritos Associados dará lugar à Real Brasil Consultoria, na pessoa do economista Fernando Abrahão.

Entre os motivos estão atrasos na entrega de pareceres e relatórios, além da demora na preparação da assembleia de credores.

No entendimento da Justiça, esses atos não configuram faltas graves, que nesse caso seriam penalizadas com a destituição, mas prejudicam o andamento do processo. Assim, a mudança tem o objetivo de agilizar o caso.

O pedido de recuperação foi aberto em 2015. A rede reportou dívida de R$ 73,9 milhões. Procurado pelo Campo Grande News, Abrahão disse que o procedimento será formalizado com a assinatura de um termo de compromisso em cartório e que ainda não está inteirado sobre o caso.

A Real Brasil, conforme a Justiça, atende às exigências do CNJ (Conselho Nacional de Justiça). Já a CPA terá 20 dias para fazer uma prestação de contas e deverá transmitir todas as informações sobre o processo para a nova administradora judicial do caso.

Como funciona? - Quando uma empresa pede a recuperação judicial ela apresenta à Justiça um plano de pagamento de dívidas com seus credores. Eles se reúnem em assembleia para aprovar ou não o documento, que prevê, entre outras coisas, condições de parcelamentos e datas para quitação dos débitos.

Se o cronograma é rejeitado, a companhia pode então decretar falência. Se aprovado pela maioria, a recuperanda então começa a cumpri-lo.

Todo esse processo deve ser acompanhado pela Justiça. Por isso ela designa uma empresa, chamada administradora judicial, para supervisionar todas as reuniões, devendo apresentar relatórios com as atividades que estão sendo realizadas.

No caso da São Bento, segundo informações da decisão, o processo travou porque um dos credores da rede de farmácias entrou com um pedido de impugnação e conseguiu cancelar a assembleia de credores.

Dificuldades – Na época em que entrou com pedido de recuperação judicial, a rede São Bento tinha 1,2 mil funcionários e quase 100 lojas em Mato Grosso do Sul e Mato Grosso. A concorrência de grandes redes de farmácias foi um dos motivos que agravaram a crise financeira da companhia.

O Campo Grande News tentou contato com a CPA, mas ninguém da empresa foi encontrado para falar sobre o caso.

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