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Economia

Melhor e pior colocado em ranking salarial do magistério tem diferença de 102%

Kleber Clajus | 15/10/2013 16:48

Ranking entre os melhores e piores salários para professores de magistério coloca Corumbá como o município que melhor remunera no Estado e Corguinho como o pior. A diferença entre as cidades chega a 102%. Os dados são do ranking salarial, divulgado em maio, pela Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul).

Em Corumbá, a 419 quilômetros de Campo Grande, os professores recebem R$ 2.456 para 40 horas semanais, incluídos um terço de hora atividade que se destina ao planejamento das aulas. Já Corguinho, a 88 quilômetros da Capital, remunera os profissionais com R$ 1.214 pela mesma carga horária, mas sem a inclusão da hora atividade.

Atualmente o piso definido pelo Ministério da Educação, para jornada de até 40 horas semanais, é de R$ R$ 1.567, e foi instituído pela Lei Federal nº 11738/2008.

O ranking coloca Campo Grande em segundo lugar, com remuneração de R$ 2.382,05. A informação é questionada pelo presidente da ACP (Sindicato Campo-grandense dos Profissionais em Educação Pública), Geraldo Alves Gonçalves, ao considerar que a Capital possa estar em primeiro lugar por já ter a remuneração de R$ 1.322, para 20 horas, prevista em Lei Municipal. O novo valor entrou em vigor hoje.
“Hoje 84,40% do piso já é cumprido em Campo Grande e a classe luta agora para que a aplicação dele seja para 20 horas semanais também na rede estadual de ensino. Caso isso ocorra, haverá uma efetiva valorização do profissional”, comenta Geraldo.

Os professores na Capital já trabalham 14 horas em sala de aula e 6 horas no planejamento das aulas. Para 2014, o número de horas para preparo de conteúdos deve somar sete e as destinadas ao trabalho em sala reduzir para treze.

De acordo com o sindicalista, há três pontos que podem elevar os valores aos previstos na lei, tais como disponibilidade de recurso por parte de prefeituras e governo, negociação e vontade política.

“Em Mato Grosso do Sul hoje só falta vontade política para alterar isso”, ressalta o presidente da ACP.

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