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Economia

Motoristas de aplicativos protestam e dizem que trabalho ficou inviável

Com altas sucessivas no preço da gasolina, trabalhadores decidiram chamar atenção com buzinaço esta tarde

Lucia Morel e Jhefferson Gamarra | 22/02/2021 17:21
Moto entregadores percorrendo a avenida Afonso Pena esta tarde. (Foto: Paulo Francis)
Moto entregadores percorrendo a avenida Afonso Pena esta tarde. (Foto: Paulo Francis)

Motociclistas e motoristas que trabalham via aplicativo protestam essa tarde pelas ruas de Campo Grande contra os reajustes frequentes dos combustíveis e afirmam estar “inviável” trabalhar.

“Hoje está insustentável para trabalhar. Infelizmente muitos parceiros entregaram seus veículos por não aguentarem esses valores abusivos que estão sendo cobrados”, disse o presidente da Applic (Associação dos Parceiros de Aplicativos de Transporte de Passageiros e Motoristas Autônomos), Paulo Pinheiro.

Eles reclamam dos "abusos" nas refinarias, que devem ser pressionadas, assim como na existência de “cartel”, “onde um coloca culpa no outro”, comenta.

Eles seguem para a frente da sede do Governo do Estado, no Parque dos Poderes, fazendo buzinaço, porque consideram que o poder público pode colaborar reduzindo o valor do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias) dos combustíveis em Mato Grosso do Sul.

No protesto, Erick Souza, que está há cerca de três anos atuando como moto entregador de aplicativo, diz que apesar da motocicleta gastar menos combustível, “não está compensando trabalhar”. Isso porque, “o preço sobe praticamente diariamente e pra ter retorno, precisamos trabalhar 12h por dia, mas tem gente que toca das 8h às 24h para compensar”, diz.

Há quatro anos como motorista de aplicativo, Jhenifer Cabala conta que quando começou a atuar pagava cerca de R$ 3,50 no litro da gasolina e hoje, a R$ 5,10, “o que ganha só paga as contas, não dá pra juntar”.

Ela usa carro alugado para trabalhar e tem um filho deficiente. Com isso, precisa dirigir 16h por dia para compensar financeiramente. “Minha meta é fazer R$ 250,00 por dia, mas não consigo”, comenta, lembrando que a pandemia, com a proibição de eventos, também atrapalhou muito a atuação.

Para Rogério Cardoso, que está há um ano e meio como motorista de aplicativo fala também que protesta para que as empresas melhorem a remuneração dos parceiros, sendo que as plataformas praticam o mesmo pagamento há seis anos, desde que esse tipo de serviço surgiu. “Não é culpa só do governo estadual”.

O grupo se concentrou na rua Rio Grande do Sul de esquina com a avenida Afonso Pena e seguiram até a avenida Calógeras e voltaram pela Afonso Pena até a governadoria, no Parque dos Poderes.

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