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Economia

MS já acumula 4 milhões de toneladas de milho perdidas na seca

Número foi revelado por Jaime Verruck nesta sexta; ele conta que já falta boi gordo para abate

Nyelder Rodrigues e Gabriela Couto | 03/09/2021 11:57
Produção de milho vem sofrendo grandes perdas por causa da forte seca que atinge MS. (Foto: Arquivo/Reprodução)
Produção de milho vem sofrendo grandes perdas por causa da forte seca que atinge MS. (Foto: Arquivo/Reprodução)

A seca que afeta Mato Grosso do Sul de leste a oeste, e de norte a sul, vem causando grande impacto na economia local, segundo revelou nesta sexta-feira (3), o chefe da Semagro (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar), Jaime Verruck.

O secretário participou de evento de inauguração de uma nova sede do Sebrae, no Bairro Nova Lima - região norte de Campo Grande - e em conversa com a reportagem, revelou que a produção de milho já acumula perdas gigantescas neste ano.

"São 4 milhões de toneladas de milho perdidos em decorrência da seca. Só por aí, já existe um grande impacto. Na pecuária, não temos pasto e os produtores estão intensificando o confinamento. As escalas de abate nos frigoríficos estão comprometidas, pois não há boi gordo disponível", explica Jaime.

Verruck ainda conta que, em breve, o Estado entrará em uma nova safra de soja, havendo previsão de 5% de aumento. "Há previsão de retomada das chuvas no final de setembro", afirma, completando que o volume ainda assim não é suficiente para recompor os reservatórios de água, afetados por três anos seguidos de forte seca.

A seca vem provocando problemas no cotidiano do sul-mato-grossense, mas também afeta no ponto de vista macroeconômico. Com baixo volume, a navegação - que auxilia as exportações do Estado - no Rio Paraguai está praticamente inviável, enquanto no Rio Paraná, elas já foram suspensas, conta Jaime.

O chefe da pasta de Desenvolvimento Econômico conta ainda que, em breve, a água do Rio Paraná usada para irrigação de plantações deve ser suspensa, já que o foco principal na região, conhecida pelas hidrelétricas, é a geração de energia elétrica.

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