MSGás não fala em desabastecimento, mas já esquematizou “plano B”
Diretor-presidente da companhia diz que situação também pode afetar dois grandes empreendimentos no Estado
Em entrevista coletiva nesta tarde (12), o diretor-presidente da MSGás, Rudel Trindade Júnior, afirmou que a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) e o Ministério de Minas e Energia têm um plano de contingenciamento do gás caso haja alguma eventualidade na Bolívia, que passa por um caos político a ponto do então presidente Evo Morales renunciar ao cargo.
Apesar do alerta, Rudel considera baixo o risco de contingenciamento. “Não tem nenhum tipo de risco de haver problema com fornecimento”, disse. Segundo ele, os contatos entre distribuidora, agência e pasta têm sido permanentes.
O representante da companhia também afirmou que a situação no país vizinho pode afetar dois grandes empreendimentos instalados em Mato Grosso do Sul: a UFN-3 (Unidade de Fertilizantes Nitrogenados), em Três Lagoas, vendida para o grupo russo Acron, e a Termopantanal, na região de Corumbá e Ladário.
As duas estão em fase de trâmites burocráticos. Em um cálculo feito a grosso modo, o Estado perderia somente de ICMS (Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) cerca de R$ 18 milhões por mês. Segundo Rudel, o problema neste momento na Bolívia é apenas administrativo. Como há greve de vários serviços e manifestações nas ruas, os operadores sequer conseguem chegar aos escritórios.
Outra situação são os postos de combustíveis fechados. Diante dos protestos, a mercadoria não está circulando e os estabelecimentos estão retendo gasolina e etanol, o que pode aumentar a demanda pelo gás. Mas Rudel acredita que há possibilidade remota de comprometer no Brasil.
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