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Economia

Mulheres indígenas criam cooperativa de produção de sabão para aumentar renda

Caroline Maldonado | 03/10/2014 10:30
Mulheres participaram de desfile de aniversário da cidade (Foto: Divulgação/Senar)
Mulheres participaram de desfile de aniversário da cidade (Foto: Divulgação/Senar)

Motivadas pela participação em projetos realizados pelo Senar (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural), indígenas de Amambai, a 360 quilômetros de Campo Grande, criaram a primeira cooperativa de mulheres, com 15 cooperadas especializadas na fabricação de sabão artesanal. A ideia é comercializar os produtos entre as aldeias da região, ampliando a geração de renda.

A mulheres da etnia Guarani e Kaiowá participaram de cursos que ensinaram a produção do sabão e outro sobre como investir no negócio. “Unimos o que aprendemos nas duas qualificações. Já estamos vendendo dentro da aldeia, mas vamos aumentar usando tudo o que aprendemos”, relata Damiana de Souza, que aos 54 anos iniciará seu trabalho no grupo de mulheres. No último domingo (28), o grupo da Cooperativa Aldeia Limão Verde participou do desfile comemorativo ao aniversário de Amambai, expondo peças confeccionadas a partir do que aprenderam com as qualificações.

O objetivo da realização de cursos e programas de qualificação nas aldeias é promover a inclusão social, segundo a supervisora regional do Senar/MS, Verônica Guglielmi. “Através do projeto “Com Licença Vou à Luta”, as mulheres reconheceram suas habilidades de gestão, criando uma visão empreendedora, para que elas possam trazer renda às suas famílias através da venda de seus produtos com matéria-prima extraída da própria aldeia”.
A supervisora conta que as mulheres agora estão interessadas em incentivar os maridos a se qualificarem.“As alunas começaram a diagnosticar a necessidade dos homens se qualificarem, percebendo até mesmo que os cursos mais adequados seriam os de controle de formiga e cultivo de mandioca”, disse.

Para o mobilizador do Senar/MS no Sindicato Rural de Amambai, Olguimar Andrade, as qualificações levam mudança na realidade social das aldeias. “Essas capacitações incentivam a inserção de grupos no mercado de trabalho, além de levar motivação aos indígenas, se tornando suporte para o amplo desenvolvimento”.

Cursos – Todos os meses, o Senar oferece ainda outras capacitações em diversas áreas para indígenas, além de produtores e trabalhadores rurais no Estado. A programação dos cursos está disponíveis no site www.senarms.org.br.

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